Quando a australiana Sarah Regan, de 38 anos, que mora em Sidney, foi trocar a fralda de seu bebê de 9 meses, ficou horrorizada ao encontrá-lo deitado em uma poça de sangue. Imaginando que a filha Birdie poderia ter uma infecção renal, a levou às pressas para o pronto-socorro. Após uma bateria de exames, o bebê foi diagnosticado com puberdade precoce e o sangue era de uma menstruação.
Segundo o site australiano News, a descoberta ocorreu após a realização de ultrassom, testes hormonais e raio-X no pulso. Os médicos descobriram que os ossos da menina de 9 meses haviam envelhecido 18 meses e que ela sofria de puberdade precoce, antes mesmo de poder andar ou falar.
“Essa foi a primeira menstruação dela. Eu não sabia o que pensar, não sabíamos muito o que era e nunca tínhamos ouvido falar disso antes”, comenta Sarah ao site.
De acordo com o site da Faculdade de Medicina da UFMG, a puberdade precoce é rara e surge antes dos 8 anos em meninas e dos 9 anos em meninos. “É causada pela circulação precoce dos hormônios sexuais no sangue. Isso ocorre porque a criança se expôs a algum hormônio [como medicamentos]; ou porque suas glândulas passaram a produzir esses hormônios sexuais antecipadamente”, explica a instituição.
Essa condição pode levar ao maior risco de abuso sexual, à baixa estatura na fase adulta e ao maior risco de obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Após o aparecimento da menstruação aos 9 meses de vida, Birdie passou a ter sangramentos esporádicos. A criança precisa passar por testes de hormônio, ultra-som e raio-X a cada seis meses para verificar o desenvolvimento, explica o News.