A ciência luta há anos para encontrar a cura para o vírus HIV, responsável por milhares de mortes em todo o mundo. Mas parece que os pesquisadores estão vencendo esta batalha e a cura pode ser, enfim, uma realidade para a população acometida pela infecção. A primeira cura foi, anos atrás, foi recebida com alegria pela comunidade científica. Recentemente, foi anunciado que uma segunda pessoa conseguiu se curar do problema. Poucos dias depois, o mundo recebe a notícia de que uma terceira pessoa também foi curada.
O terceiro anuncio veio durante a Conferência Sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, em Seattle, nos Estados Unidos. O chamado “paciente de Düsselforf”, foi submetido ao mesmo tipo de transplante de medula óssea pelo qual passaram os outros dois pacientes que também teriam sido curados.
A pesquisadora Annemarie Wensing, da Universidade de Medicina Central de Utrecht (Holanda), em entrevista concedida à New Scientist, contou que o paciente alemão ficou três meses sem tomar os medicamentos antivirais e as biópsias coletadas do intestino e dos gânglios linfáticos dele não apresentaram sinal da presença do microrganismo.
A pesquisa para a cura do HIV ainda está em andamento. Após 12 anos após o anúncio dos resultados da cura do primeiro paciente, ainda não é possível ter certeza da eficacia da cura, e nem saber como será a recuperação do terceiro. O vírus pode estar simplesmente “adormecido”.
O vírus HIV entra nas células, se esconde e impede que o sistema imunológico o encontre, dificultando o tratamento. Por isso o tratamento com antirretrovirais tornou-se o mais eficiente nas últimas décadas, com menos efeitos colaterais. Ainda assim ele não consegue eliminar a doença .
A comunidade científica precisa de mais resultados, já que outras duas pessoas que também fizeram o transplante de medula óssea ainda estão tomando medicação antivirais. Um futuro número crescente de casos de sucesso contra o HIV pode abrir espaço para que cientistas digam com confiança que a cura foi encontrada.