No dia 26 de junho de 1997, foi publicado na Inglaterra um livro que contava a história de um órfão chamado Harry: aos 11 anos, o menino que morava no quarto embaixo da escada dos tios descobre que é um bruxo e é apresentado ao universo ao qual pertence. Trata-se de Harry Potter e a Pedra Filosofal, o primeiro volume da série que viria a se tornar uma das de maior sucesso da história.
A autora J.K. Rowling nem imaginava o que estava por vir quando escreveu o primeiro livro, no início dos anos 1990. Durante um discurso na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, em 2008, a escritora contou que, sete anos depois de se formar na faculdade, tinha falhado: estava desempregada e vivia um casamento bastante complicado.
"Eu falhei em escala épica. Estava o mais pobre possível sem ir morar na rua", disse. Após um divórcio difícil, ela se mudou com a filha pequena para Edimburgo, na Escócia, e viveu um dos períodos mais complicados de sua vida.
"Eu estava muito deprimida e ter uma filha recém-nascida tornou isso ainda mais difícil", afirmou a escritora em 1997 ao jornal The Guardian. "Eu me sentia como uma não-pessoa, estava bem chateada e precisava conseguir alguma coisa. Sem o desafio, teria enlouquecido."
Na época, ela passou a escrever seu primeiro livro: Harry Potter e a Pedra Filosofal. Para a surpresa dela, o manuscrito foi disputado por dez editoras diferentes e, pouco tempo depois, os direitos de adaptação cinematográfica foram comprados pela Warner Brothers a 100 mil libras. O primeiro filme estreou nos cinemas em 2001, arrecadou US$ 974,8 milhões de bilheteria ao redor do mundo e lançou Emma Watson, Daniel Radcliffe e Rupert Grint ao estrelato.
Vinte anos, sete livros e oito filmes depois, 'Harry Potter' se tornou um ícone cultural e transformou a vida de milhares de fãs.