Um morador do distrito de Yakutia, na Sibéria, encontrou um filhote de leão morto conservado em perfeitas condições. A descorberta do morador chamou atenção especialmente por não existirem leões na região. Pelo menos, não mais.
Os leões que conhecemos hoje em dia são provenientes da África. Um parente próximo, porém, costumava andar pela Sibéria o fim da última era glacial, há 11,7 mil anos. São os leões da caverna, linhagem a qual pertence o falecido leãozinho.
“É um filhote de leão perfeitamente preservado, com todos seus membros”, diz Albert Protopopov, paleontólogo da Academia de Ciências da República da Iacútia.
O pesquisador acredita que o pequeno leão da caverna, com 45 centímetros e quatro quilos, viveu entre 20 e 50 mil anos, sendo preservado em uma camada de solo permanentemente congelada.
Assim como da primeira vez, a descoberta de um exemplar de um leão da caverna em estado tão preservado reacendeu o debate sobre a possibilidade de clonar o animal. Além da questão ética de trazer uma espécie extinta há tanto tempo de volta à vida, os cientistas esbarram na questão técnica.
Em 2008, cientistas clonaram um rato em laboratório a partir dos restos mortais que estavam congelados há 16 anos. Apesar da possibilidade de reproduzir o experimento, há dúvidas sobre fazer o mesmo com uma espécie congelada há 20 mil anos.