O Parque Nacional Mammoth Cave, no Kentucky (EUA), fica bem longe do mar, mas fósseis recém-descobertos reforçam a teoria de que a área já esteve repleta de tubarões. Cientistas identificaram os restos de 15 a 20 espécies diferentes de tubarões nas profundezas da caverna, incluindo parte da cabeça de um grande monstro do porte de um tubarão-branco que se projeta parcialmente de uma rocha. As informações são do Extra.
Esses tubarões viveram cerca de 330 milhões de anos atrás, no que é conhecido como o período geológico do Final do Mississipi, quando grande parte da América do Norte estava coberta por oceanos. Quando eles morreram, seus restos foram envoltos em sedimentos que eventualmente se tornaram o calcário onde a caverna se formou.
"Quase nunca há registro de todos os dentes de tubarão vindos dessas rochas. Então isso foi emocionante", disse à CNN o paleontologista John-Paul Hodnett. "Portanto este é um novo recorde de tubarões de um determinado período de tempo", acrescentou ele.
Havia alguns dentes de tubarão, disse Hodnett, mas ele também viu cartilagem que achava ser o esqueleto de um tubarão. Isso é muito raro, porque a cartilagem é mais macia que o osso e, por isso, nem sempre é preservada.
Quando o cientista visitou a caverna em novembro, ele percebeu que estava olhando para algo muito maior. "Acontece que, na verdade, não é um esqueleto, é apenas parte da cabeça. E a cabeça em si é bem grande", disse Hodnett.
É visível a parte da mandíbula do tubarão onde ela teria se fixado ao crânio e a extremidade que teria sido seu queixo, comentou Hodnett. Parte do meio da mandíbula não é visível, mas ele calculou que teria cerca de 75 centímetros.
Ao estudar seus dentes, Hodnett conseguiu determinar que o fóssil fazia parte de uma espécie chamada Saivodus striatus, do tamanho de um grande tubarão-branco moderno - com cerca de 6 metros de comprimento.