Publicado na revista Science, pesquisa mostra que os animais têm altas taxas metabólicas e por conta disso precisam de muita carne, mas mudanças do clima os induzem percorrer mais terreno para obter alimento. De acordo com os autores, o estudo aponta quais são os mecanismos fisiológicos por trás do declínio observado nas populações e nos índices de sobrevivência dos ursos polares.
“Temos documentado, na ultima década, a queda nas taxas de sobrevivência, nas condições de saúde e nos números populacionais do urso polar. Ao observar as necessidades energéticas reais dos ursos polares e ver com que frequência eles são capazes de caças focas, esse estudo identificou os mecanismos que estão levando a esses declínios”, afirma o autor principal da pesquisa, Anthony Pagano, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz.
Os pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz têm estudado os ursos polares no Mar de Beaufort desde a década de 1980. De acordo com Pagano, a estimativa populacional mais recente aponta que o número de ursos polares caiu cerca de 40% na última década. Entretanto, segundo Pagano, era difícil estudar a biologia fundamental e o comportamento dos ursos polares em um ambiente tão remoto e hostil.