O planeta Terra possui diversas camadas, como muitos já aprendemos durantes as aulas de geografia na escola. Os seres humanos andam sobre a crosta terrestre (também conhecida como litosfera), estamos na camada mais superficial do planeta. A litosfera funciona, basicamente, como um quebra-cabeça. Ela é formada por placas tectônicas que se encaixam umas nas outras, mas nunca ficam paradas no mesmo lugar por muito tempo.
Diversos estudos já demonstraram que o movimento das placas tectônicas é constante e, a cada ano, elas se deslocam alguns centímetros em determinada velocidade. Esse movimento, no entanto, é tão lento que torna-se imperceptível para nós. Mas, a longo prazo (em alguns bilhões de anos), ele pode mostrar os seus efeitos.
Por conta desse fenômeno, a configuração dos continentes já sofreu inúmeras mudanças. 320 bilhões de anos atrás, existiu a Pangeia, que foi o último supercontinente formado do qual temos conhecimento - uma única faixa de terra gigante no nosso planeta. O deslocamento constante das placas gerou, tempos depois, as Américas, a Europa, África, Oceania e Ásia, tal como as conhecemos.
Em um estudo recente, publicado no Science Direct, cientistas apontam a possibilidade de um novo supercontinente já estar sendo formado. Processo que irá levar alguns bilhões de anos para se concluir e tornará o Oceano Pacífico o único restante no planeta. Os pesquisadores explicam que isso vai acontecer devido aos fenômenos de "introversão" e "extroversão" causados pelo movimento das placas.
Reprodução/Santuário de Fátima
Na introversão, as águas que mantêm os continentes afastados são sugadas para dentro do planeta. Dessa forma, os territórios se unem e um superoceano se forma. Em contrapartida, na extroversão, o superoceano vai para o interior da Terra e os continentes se separam. Segundo os cientistas, esses fenômenos se alternam. Portanto, após um momento de introversão, acontecerá a extroversão. Zheng-Xiang Li, um dos autores desse estudo, afirma que o próximo supercontinente será bem similar à Pangeia.