O pacato município de Santa Inês, no Centro-sul baiano, se prepara para se tornar em breve a “cidade dos dinossauros”. A inspiração vem de um artista local fascinado pelo filme “Jurassic Park” (1993), do diretor de cinema americano Steven Spielberg.
Há dois anos, réplicas em tamanho real de animais pré-históricos nacionais ganham as praças da cidade de 10 mil habitantes, entre eles o Pycnonemossauro (Abelissauridae), carnívoro que viveu no Centro-Oeste do Brasil há 70 milhões de anos, no período Cretáceo. A réplica em Santa Inês tem 8,5 metros de comprimento.
Andando pela cidade se vê ainda o Irritator Challengeri (Spinosauridae), dinossauro de porte médio do período Cretáceo inferior, há 110 milhões de anos, na Chapada do Araripe (CE) ou o Pterossauro Tropeognathus, também do período Cretáceo.
Dinovale
As réplicas dos animais fazem parte de um projeto da prefeitura de Santa Inês chamado “Dinovale”, que busca fazer da cidade uma atração turística e gerar renda. Dez réplicas já foram colocadas e seis estão por vir, quatro delas na entrada da cidade.
Com orçamento anual de R$ 60 mil, o trabalho tem previsão de ser finalizado no final deste ano, mas à medida que as réplicas vão ficando prontas, passam a ocupar os espaços onde estão destinadas a ficar, dando um ar de pré-história a Santa Inês.
A proposta, diz a prefeitura, é também levar conhecimento através das esculturas, servindo como aprendizado para alunos e outros visitantes. Em cada obra há informações de como viviam, do que se alimentavam, dentre outras informações.
Conduzido pelo paleoartista Anilson Borges, 40, nascido e criado em Santa Inês, o projeto cria “cenas reais” de quando os dinossauros habitavam a terra, por isso, as peças serão produzidas levando um conceito de movimento e ações.
Funcionário público concursado da prefeitura, Borges já produzia as peças desde os 15 anos, mas passou a vender mesmo com quase 30 anos, tempo que levou para aprimorar sua arte e conquistar públicos fiéis ao seu trabalho.