Bater o cotovelo pode não ser uma das experiências mais agradáveis da vida, mas se você lembra da sensação terrível que este momento proporciona, é melhor ficar sabendo que “aquilo” não é dor. Conforme a ciência, aquela espécie de choque que a gente sente em todo o braço se trata de um engano dos sentimentos.
A sensação que sentimos ao bater o cotovelo, na verdade, se trata de parestesia, uma sensação desconfortável que não é causada por estímulos externos, como picadas, queimaduras ou dores. Pelo menos é isso que especialistas dizem. No caso dos cotovelos, quando o batemos, a sensação é causada por um único feixe nervoso, chamado nervo ulnar.
Para quem não sabe, esse feixe fica na parte mais exposta de seus cotovelos e, é por isso que é tão fácil tocá-lo tão diretamente, especialmente quando você encontra, sem querer, a ponta de uma mesa ou a beiradinha de portais.
Como a função dos nervos é transmitir ao cérebro mensagens sobre as sensações percebidas por nossos receptores de temperatura, tato, choque ou dor, por meio de impulsos nervosos, é exatamente isso que o ulnar faz. Daí que aparece o choque ao bater o cotovelo.
O problema é que este nervo começa na espinha dorsal e se ramifica pelo ombro, pelos braços e vai até os dedos anular e mínimo. Esta é a razão pela qual a queimação e o choque se prolongam tanto pelo membro e pela qual a dor parece durar uma eternidade.
Mas, lembre-se, a sensação de dor é falsa. Conforme especialistas, ela só é mais aguda ou chocante que as demais parestesia, como o formigamento, o frio ou o calor.