À medida que as autoridades públicas discutem a reabertura das escolas, uma página dos livros de história sugere uma possível solução para acolher com segurança os alunos de volta às aulas em meio à pandemia da Covid-19.
Esta não é a primeira vez que profissionais se esforçam para garantir a educação durante uma crise de saúde pública. Hoje a ameaça é a Covid-19, mas cerca de um século atrás foi a tuberculose que ameaçou vidas nas cidades americanas.
Em 1907, dois médicos de Rhode Island propuseram escolas ao ar livre para estudantes que tinham tuberculose ou que haviam sido expostos à doença. Na época, eles basearam suas propostas nas tendências da educação na Alemanha.
Segundo o The New York Times, no início de 1908, um andar de um prédio vazio em Providence foi transformado em um espaço com janelas na altura do teto de todos os lados, mantidas sempre abertas. Para espantar o frio, as crianças se reuniam em torno de um fogão. No intervalo das aulas, os professores serviam sopa ou chocolate quente.
O experimento teve ótimos resultados, melhorando a saúde de vários alunos.
Uma abordagem semelhante foi adotada pelo Dr. Edward Livingston Trudeau em seus sanatórios do interior de Nova York. “Em dois anos, havia 65 escolas ao ar livre em todo o país, criadas de acordo com o modelo de Providence ou simplesmente mantidas ao ar livre”, escreveu o Times. “Em Nova York, a escola particular Horace Mann ministrava aulas no telhado; outra escola da cidade tomou forma em uma balsa abandonada. ”
Como as autoridades se preocupam com os possíveis efeitos do novo coronavírus aos que estão sentados nas mesas das escolas, as aulas ao ar livre podem muito bem ser uma alternativa possível. “Uma das poucas coisas que sabemos sobre o coronavírus com certo grau de certeza é que o risco de contrair o vírus diminui quando se está ao ar livre – uma revisão de 7.000 casos na China registrou apenas um exemplo de transmissão em ambientes abertos”, diz o Times.
Apesar da logística a ser considerada, esta pode ser uma boa alternativa ao Zoom.
*Conteúdo traduzido do The New York Times e adaptador Aleteia.