Para ajudar pessoas que precisam de transplantes de órgãos do corpo, um grupo de cientistas está estudando a possibilidade de criar um animal que possua partes do corpo de outro animal.
A ideia de criar um órgão novo é vista como algo real pela comunidade acadêmica. Alguns cientistas estão desenvolvendo um pâncreas humano em um porco. A equipe responsável é da Universidade da Califórnia, Estados Unidos.
A técnica funciona com a retirada de genes dos embriões de porcos responsáveis pelo desenvolvimento do pâncreas suíno. Logo em seguida, foram injetadas células-tronco humanas pluri potenciais, que poderão se desenvolver em qualquer parte humana, em 25 embriões implantados nas porcas.
Os embriões suínos poderão se desenvolver somente até o 28° dia por questões éticas. Após este período, serão retirados e dissecados. A próxima etapa consiste na análise do desenvolvimento dessas células-tronco humanas no embrião para ver se alguma delas evoluiu para um pâncreas. Há a possibilidade de que elas tenham migrado para outro lugar e virado alguma outra coisa.
O grande risco para essa técnica é o fato das células humanas se transformarem em qualquer coisa dentro do embrião do corpo. Elas poderiam, por exemplo, afetar o desenvolvimento do cérebro do porco e gerar alguma parte humana ali dentro.
De qualquer maneira, se o experimento obtiver êxito, os animais seriam doadores perfeitos, já que as células-tronco viriam do próprio paciente, sem risco de rejeição.