Após 14 anos explorando o sítio arqueológico de Taposiris Magna, no Delta do Nilo, a arqueóloga Kathleen Martinez se emocionou ao encontrar duas múmias dos tempos de Cleópatra. Para a cientista, os fósseis são pistas para o paradeiro da poderosa faraó.
Morta em agosto de 30 a.C., a líder egípcia foi sepultada em uma localização desconhecida que segue um mistério até hoje. Dessa forma, a descoberta das duas múmias no templo construído para Cleópatra é de extrema importância.
Enterrados há mais de 2 mil anos, os fósseis foram encontrados em péssimo estado de conservação, já que sua tumba foi inundada em períodos de chuvas por décadas. Ainda assim, os cientistas conseguiram identificar algumas características decisivas.
Segundo Kathleen, os indivíduos encontrados faziam parte da elite egípcia durante a vida e podem até ter frequentado o círculo social de Cleópatra. Evidências mostram que ambos foram cobertos com folhas de ouro, um luxo reservado ao sepultamento de membros do alto escalão da sociedade da época.
Nesse sentido, os arqueólogos sugerem que as duas pessoas, que ainda devem ser identificadas, tinham um papel fundamental na manutenção do poder dos faraós. Eles poderiam, inclusive, fazer parte do clero.
Ainda em Taposiris Magna, um impressionante altar foi encontrado pelos cientistas. Nele, cerca de 200 moedas apresentavam o nome e o rosto de Cleópatra, mais uma pista que liga o sítio arqueológico à imponente líder egípcia.