Hong Kong identifica 1º caso de reinfecção por covid-19

Descoberta sugere que a imunidade pode durar poucos meses em algumas pessoas

Covid-19 | Reprodução
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Pesquisadores da Universidade de Hong Kong disseram nesta segunda-feira que documentaram o primeiro caso de reinfecção por covid-19. O paciente, um homem de 33 anos, teria contraído o novo coronavírus pela segunda vez menos de 5 meses após o primeiro contágio.

A segunda infecção do homem, de 33 anos, foi detectada por meio de exames feitos no aeroporto de Hong Kong no início deste mês após uma viagem à Europa, segundo reportagem publicada pela agência Bloomberg.

Pessoas utilizam máscara contra covid-19 - Foto: AP

Os pesquisadores analisaram o código genético do vírus e detectaram que o paciente, um trabalhador do setor de tecnologia da informação, foi contaminado por duas cepas diferentes do Sars-CoV-2, o vírus que causa a covid-19.

Segundo o estudo, o homem não apresentou nenhum sintoma da doença na segunda infecção, o que, para os pesquisadores, pode ser um sinal de que “infecções subsequentes podem ser mais leves”.

Ainda assim, a descoberta sugere que a imunidade à covid-19 pode durar poucos meses em algumas pessoas, o que deve ter implicações para as vacinas que estão sendo produzidas para combater o vírus globalmente.

“Nossas descobertas sugerem que o Sars-CoV-2 podem persistir em humanos”, disseram em nota os pesquisadores, que informaram que o artigo com os resultados do estudo foi aceito para publicação na revista “Clinical Infectious Diseases”.

Segundo os pesquisadores, o Sars-CoV-2 seria uma reminiscência dos coronavírus que causam a gripe comum e pode continuar a circular “mesmo que os pacientes adquiram imunidade por meio de infecção natural ou vacinação.”

Questionada sobre a descoberta dos pesquisadores da Universidade de Hong Kong, a líder da resposta à covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria van Kerkhove, disse que pessoas contaminadas com a doença desenvolvem uma resposta imune. No entanto, ainda não se sabe a duração da imunidade.

Para Kerkhove, descobertas como a dos pesquisadores de Hong Kong são importantes, mas é preciso “não tirar conclusões precipitadas.”

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