Segundo Paulo Paixão, “as vacinas clássicas contêm o microrganismo causador da doença, mas de uma forma atenuada ou inativada”, não causando a doença. Na prática, explica, “estas vacinas ainda podem ser utilizadas para a covid-19, e algumas estão em estudo, mas as aprovadas até agora adotaram uma nova estratégia: utilizam o material genético do vírus, que quando chegar às células vai obrigá-las a produzir uma proteína (a proteína S, de spike), num processo semelhante ao que acontece na verdadeira infeção que vai originar os tais anticorpos e outras defesas contra esta proteína. Quando a pessoa entrar em contato com o vírus, estes anticorpos vão bloquear a proteína S do vírus, impedindo-o assim de infetar as nossas células”.