Já diz a sabedoria popular que devemos manter os amigos por perto e os inimigos ainda mais perto. Ora, podemos também encarar as vacinas de igual modo. “Uma vacina é uma espécie de ‘imitador’ do vírus ou bactéria que causa uma doença, mas naturalmente este imitador não causa doença nenhuma. Esse ‘imitador’ ao ser inoculado numa pessoa, faz com que ela desenvolva defesas (sobretudo os famosos anticorpos, mas também outras defesas) que vão ficar guardadas numa espécie de ‘memória’ imunológica”, começa por explicar Paulo Paixão, professor assistente na NOVA Medical School – Faculdade de Ciências Médicas, em Lisboa.