Apuração feita pela coluna Francy Teixeira com fontes locais apontam o desafio da unificação da base aliada ao governador Rafael Fonteles (PT) no pleito do próximo ano, porém, ao menos em seis municípios a situação parece caminhar para uma facilitação maior. É o caso de Piripiri, em que o apoio do líder do Executivo é certo a atual prefeita Jôve Oliveira, aliada de longa data do Karnak.
Já em Floriano, as articulações convergem para o Dr Vinicius Kalume, o médico obteve a maior votação no município no pleito para Assembleia Legislativa do Piauí no ano passado, inclusive, o presidente estadual do PT, João de Deus, já sinalizou que o nome dele está consolidado na disputa municipal.
A situação também está muito bem encaminhada em Esperantina, cidade administrada pela esposa do atual vice-governador Themístocles Filho, Ivanária Sampaio (MDB) tem feito uma gestão bem avaliada e vai disputar a reeleição com uma gama de legendas aliadas ao Governo Rafael Fonteles.
Em Altos o nome governista é do deputado estadual Warton Lacerda (PT), recentemente ele recebeu o apoio de Neto Delmiro, que disputou as eleições no município em 2020 ficando na terceira colocação. A cidade é administrada por Maxwell da Mariinha, do MDB, porém, mesmo estando num partido da base, na eleição de 2022 ele apoiou Sílvio Mendes (União), minando as chances de qualquer convergência do Governo em torno do seu nome.
Em União para enfrentar Gustavo Medeiros (União Brasil), o nnome sondado é o de Neerias Cavalcante, que já concorreu no pleito majoritário de 2020. Outra possibilidade apontada é da atual vice, Orcivane Coelho, que apoiou Rafael Fonteles no ano passado. Zé Barros (PT) está inelegível.
Terceiro maior colégio eleitoral do Piauí, Picos ainda vivencia uma indefinição na base governista e oposição ao atual prefeito Gil Paraibano (Progressistas), porém, com o iminente impedimento do lançamento da candidatura do empresário Araujinho (PT), por ser sogro do governador, os caminhos parecem levar para a unificação em torno do deputado estadual Pablo Santos (MDB), com um petista na vice, que pode ser inclusive o vereador Wellington Dantas, se comenta também na possibilidade da filiação do empresário Getúlio Carvalho. O porém seria o PSD que tem se articulado e pode se inserir na disputa municipal com o presidente da Câmara, Eriberto Barros, que atualmente está no PP, mas deve se filiar ao partido comandado pelo deputado federal Júlio César assim que a janela partidária for aberta.
Noutros municípios o conflito parece ser maior, é o caso do segundo maior colégio eleitoral do Piauí, Parnaíba, em que a base governista tem nomes como a assistente social Flaviana Veras, do PT, que ganhou uma grande notoriedade na campanha do esposo, o deputado federal Florentino Neto, o representando numa série de agendas; há também o deputado estadual Dr Hélio, do MDB, apontado como o favorito para ser lançado pelo grupo ligado a Fonteles.
No município litorâneo ainda há dois nomes do Solidariedade: o jornalista Hilder Monção e o presidente da Câmara, Daniel Jackson. Além do vereador Ricardo Veras, que é pré-candidato pelo PSD e recentemente recebeu o apoio do vice-prefeito de Parnaíba, Beto Telles (Progressistas).
No xadrez politico da cidade ainda aparece o deputado estadual Rubens Vieira, que foi o mais bem votado do PT no município e reiterou sua pré-candidatura à Prefeitura.
Já em Campo Maior são especulados os nomes de Antônio Félix (PT), que foi o candidato a deputado federal mais bem votado da cidade; o correligionário Professor Ribinha, que é ex-prefeito e concorreu na eleição passada; além do vice-prefeito da cidade, Jordélio Pereira (PSD), que rompeu com o prefeito Joãozinho Félix, que apesar de pertencer ao MDB, apoiou Sílvio Mendes (União) na disputa de 2022 e o agora ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em Barras também há um problema na definição de um nome único na base e de quem contará com o apoio de Rafael Fonteles, o prefeito Edilson Capote (PSD) buscará a reeleição a depender de como a Justiça Eleitoral analisará seu caso, recentemente um juiz de primeira instância cassou o seu mandato, porém, cabe recurso. Na cidade ainda se destaca o ex-prefeito Carlos Monte (PT), que disputou contra Capote no pleito passado. Os dois já vem travando uma disputa histórica, na cidade, o consenso é considerado praticamente impossível. Além deles pontua-se também o advogado Lucas Matheus (PV) que disputou em 2020.
Por fim, em Teresina, os obstáculos são amplamente conhecidos, existe a disputa interna do PT, com Fábio Novo, Merlong Solano e Franzé Silva; além da ex-deputada Teresa Britto, do Partido Verde; do presidente da Câmara de Teresina, o vereador Enzo Samuel (PDT); fora o deputado federal Marcos Aurélio Sampaio, que se coloca como pré-candidato pelo PSD, e possui uma vinculação com o MDB por ser filho do vice-governador Themístocles Filho.
Ou seja, os indicativos evidenciam que não será uma tomada de decisão simples da base, muito menos do governador Rafael Fonteles, que será um cabo eleitoral cobiçado na eleição de 2024.
Municípios com união bem encaminhada
Picos: Pablo Santos (MDB)
Piripiri: Jôve Oliveira (PT)
Floriano: Dr Vinicius Kalume (PT)
Esperantina: Ivanária Sampaio (MDB)
Altos: Warton Lacerda (PT)
União: Orcivane Coelho ou Neerias Cavalcante (que pode ser atraído para a base)
Municípios com conflitos maiores
Campo Maior:
Antônio Félix (PT)
Professor Ribinha (PT)
Jordélio Pereira (PSD)
Teresina:
Os três do PT
Teresa Britto (PV)
Enzo Samuel (PDT)
Marcos Aurélio Sampaio (PSD/MDB)
Barras:
Edilson Capote (PSD)
Carlos Monte (PT)
Advogado Lucas Matheus (PV)
Parnaíba:
Flaviana Veras (PT)
Ricardo Veras (PSD)
Dr Hélio (MDB)
Rubens Vieira (PT)
Hilder Monção (Solidariedade)
Daniel Jackson (Solidariedade)