O Carnaval da Terceira Idade no Cocais Shopping, em Timon, foi o maior sucesso. Os idosos mostraram que têm samba no pé e alegria para curtir as marchinhas. Com direito a muita descontração, sociabilidade e a oportunidade de fazer novos amigos, a folia de momo do shopping contagiou a todos que passavam.
Maria da Cruz, de 68 anos, foi a primeira a chegar no shopping para curtir o carnaval. “Eu gosto muito. Vou ser a rainha do carnaval do Cras que frequento e estou muito feliz. Vou dançar um samba e mostrar que carnaval e para todo mundo, todas as idades. Nunca é tarde para ser feliz e cair na gandaia”, conta.
Francisca Silva, 74, é louca por carnaval. A dona de casa foi aos dois dias do Zé Pereira de Timon e também não faltou à folia no Cocais Shopping. “Sempre gostei de carnaval. Desde criança que eu gosto. Eu passei a infância em Bacabal, era a rainha do estandarte. Então desde criança eu gosto. Vim assistir minhas amigas. Não perco um Zé Pereira”, lembra.
Maria da Conceição, de 73, apostou em um look das arábias. “Sempre gostei de carnaval, toda brincadeira eu gosto. Gosto de sambar, de dançar, de ser feliz. Vamos pular o carnaval”, convida a senhora.
Maria do Socorro, 66, acompanhou a amiga, mas optou por adereços de flores. “Eu gosto de carnaval, com as marchinha. Ninguém se segura e acaba dançando. É a primeira vez que venho e já quero voltar nas próximas edição do carnaval dos mais experientes”, garante.
Representando os homens que gosta de carnaval, José, o popular “Zezé”, de 71 anos, veio pular carnaval com o amigo Valter Cunha, de 64. “Quando eu era novo eu gostava de pular carnaval. Hoje vim pular representando os homens do Cras”, ressalta Zezé. “Eu gosto de carnaval desde menino. Gosto de vir sempre que tem”, conclui Valter.
Interação promove a inclusão social dos idosos
Para Marli Galiza, coordenadora do Cras Joaquim Pedreira, avalia de forma positiva a iniciativa do Cocais Shopping. “Vejo como se estivéssemos resgatando o carnaval mais antigo, que eles guardam na memória. Hoje outros estilos acabam sobressaindo, mas as marchinhas também se renovam com a energia dos idosos”, avalia.
A psicóloga Brenda Lima, também do Cras Joaquim Pedreira, por outro lado, defende a questão da inclusão social e da autoestima. “Nós conseguimos promover a interação e diversão dos idosos. São grupos que se misturam, fazendo com que eles façam novas amizades a partir da interação social. Eles necessitam desse contato com gente da mesma faixa etária, com a troca de experiências”, finaliza.