Se você conhece a doença de Alzheimer provavelmente tem medo de se tornar mais uma vítima dessa condição que afeta cerca de 1.2 milhões de brasileiros atualmente. Mas um estudo mostra uma nova perspectiva positiva e que pode auxiliar no diagnóstico precoce do problema.
O estudo em questão, apontou que os déficits cognitivos, característicos da demência, podem aparecer quase uma década antes do diagnóstico. Além disso, se essas alterações forem detectadas precocemente, a gravidade dos sintomas relacionados à condição pode ser retardada.
Essas descobertas em torno do tema começaram a surgir em 2015, a partir de um estudo com 2.000 pessoas que foram submetidas a uma série de testes que avaliaram a sua memória e capacidades de raciocínio. O acompanhamento durou cerca de 18 anos e com isso os pesquisadores estabeleceram que uma pontuação baixa em um teste cognitivo estava associada a um risco 85% maior de demência futura.
A análise sugeriu que mudanças na memória e no pensamento podem surgir décadas antes de um diagnóstico formal ser feito. Isso pode significar que há uma longa janela de oportunidade para tratamento, o que pode retardar a progressão da demência. De acordo com os pesquisadores, embora esses testes não possam prever com precisão quem desenvolverá demência, eles serão usados para identificar pessoas em risco.
De acordo com a Alzheimer’s Association, os primeiros sinais de demência que afetam o pensamento tendem a incluir:
- Lentidão de pensamento
- Dificuldade de planejamento
- Dificuldade para entender
- Problemas com concentração.
Os sintomas específicos da memória, por outro lado, podem incluir:
- Perguntas repetidas
- Esquecer-se regularmente de eventos recentes, nomes e rostos
- Dificuldade em encontrar as palavras certas
- Ficar confuso em ambientes desconhecidos.
É necessário pontuar que algum grau entre os sintomas citados são esperados como resultado do envelhecimento. A Sociedade de Alzheimer afirma que quase 40% das pessoas sofrem alguma forma de perda de memória depois de completar 65 anos. Porém, mesmo que sofram perda de memória, ainda é pouco provável que tenham demência. Na maior parte das vezes, a perda de memória é leve o suficiente para que a pessoa possa viver sua vida sem interrupções.