Um alimento muito comum na casa de brasileiros e presente em quase todas as refeições, o sal entrou na lista de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) que apontou o consumo excessivo como desastroso na saúde humana. “Estima-se que 1,89 milhão de mortes a cada ano estão associadas ao consumo excessivo de sódio”, segundo a organização.
A agência intergovernamental já havia afirmado anteriormente em um relatório que o principal efeito para a saúde associado a dietas ricas em sódio é o aumento da pressão arterial, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, câncer gástrico, obesidade, osteoporose, doença de Ménière e doença renal.
É sabido que o sódio, um componente do sal de cozinha, desempenha um papel crucial na manutenção do equilíbrio de fluidos e na transmissão de impulsos nervosos no corpo. Os níveis elevados de sódio estimulam o corpo a reter água para equilibrar a concentração de sódio na corrente sanguínea.
Este aumento do volume de sangue que circula pelos vasos exerce pressão extra nas paredes arteriais, levando ao aumento da pressão arterial. Além disso, a água retida pode contribuir para a expansão das paredes dos vasos sanguíneos, tornando-os menos elásticos e mais resistentes, elevando ainda mais a pressão arterial.
Os níveis elevados de sódio também podem afetar a função do sistema renina-angiotensina-aldosterona, um sistema hormonal que regula a pressão arterial e o equilíbrio de fluidos. A pressão arterial consistentemente elevada pode danificar as artérias, aumentando o risco de aterosclerose, onde os depósitos de gordura se acumulam e restringem o fluxo sanguíneo. Isto, por sua vez, aumenta o risco de ataques cardíacos e derrames.
Qual a dose de sal recomendada por dia?
Segundo a OMS, a dose recomendada para adultos é de menos de 2.000 mg/dia de sódio (equivalente a menos de 5 g/dia de sal (pouco menos de uma colher de chá). Para crianças de 2 a 15 anos, a OMS recomenda ajustar a dose de adulto para baixo com base em suas necessidades energéticas. Esta recomendação para crianças não aborda o período de amamentação exclusiva (0–6 meses) ou alimentação complementar com amamentação continuada (6–24 meses).