Conheça os riscos do superfungo mortal que causa surto em Pernambuco

Foi confirmado em Pernambuco pela Secretaria de Saúde do Estado três casos de infecção por “superfungo”

Pernambuco vive surto de superfungo | Nicolas Armer/picture alliance/Getty Images/FILE
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Foi confirmado em Pernambuco pela  Secretaria de Saúde do Estado três casos de infecção por “superfungo”, conhecido cientificamente como Cândida auris. De acordo com o que foi divulgado até agora, os pacientes são do sexo masculino e estavam internados nos municípios de Paulista, Olinda e Recife.

O primeiro paciente diagnosticado foi no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, em 11 de maio. Para evitar novas contaminações, o hospital parou temporariamente de fazer novos atendimentos. O problema foi detectado nos outros dois pacientes nos dias 14 e 23 de maio. Até o momento, sabe-se pouco sobre o “superfungo” e os especialistas não conseguem identificar ainda uma cadeia de transmissão e se há relação entre os três casos.

Os casos estão sendo monitorados por um comitê específico, que foi criado pelo Governo de Pernambuco para lidar com a situação. Essa não é a primeira vez que o Estado sofre com um surto desse tipo: o Hospital da Restauração, em Recife, registrou 47 pessoas com esse "superfungo", entre  dezembro de 2021 e setembro de 2022.

Contaminação difícil de controlar

As leveduras do gênero Candida, na maioria dos casos, moram na pele, nos genitais, na boca sem causar qualquer problema. No entanto, se a imunidade do indivíduo cai, elas podem causar infecções. Os casos de infecção também podem acontecer caso esse fungo chegue a invadir a corrente sanguínea e os pulmões.

Falando especificamente do fungo Candida auris, ele pode ocasionar problemas na corrente sanguínea e também é possível que ele afete o sistema nervoso central, o sistema respiratório e órgãos internos, assim como a pele. Os sintomas mais comuns entre os pacientes atingidos por esta infecção são febre, suores, calafrios e pressão arterial baixa. Mas pode acontecer também de o paciente não apresenta muitos incômodos sugestivos.

Estudos

Os primeiros estudos sobre o superfungo foram realizados no canal auditivo de uma paciente no Japão, no ano de 2009, mas estudos mais recentes encontraram cepas dele do ano de 1996, na Coreia do Sul. A taxa de mortalidade de 39% da doença foi encontrada por sete pesquisadores da China e foi publicada em novembro de 2020 na revista científica BMC Infectious Diseases.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES