Governo Federal quer contratar 1,6 mil analistas ambientais

A meta está inclusa na ação intitulada 5ª fase do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDam).

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Analistas atuarão contra o desmatamento | Ricardo Stuckert

No Dia Mundial do Meio Ambiente, nesta segunda-feira, 5 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, lançaram um plano ousado para enfrentar o desmatamento ilegal no Brasil. A estratégia, intitulada 5ª fase do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDam), apresenta medidas determinantes, como o confisco de 50% das áreas desmatadas ilegalmente e a contratação de 1,6 mil analistas ambientais para intensificar o combate a essa prática prejudicial ao meio ambiente.

O plano foi lançado simbolicamente no Dia Mundial do Meio Ambiente, em um contexto marcado por movimentos no Congresso Nacional que visam esvaziar a pasta do Meio Ambiente. Composto por 150 metas divididas em 4 eixos, o PPCDam representa o retorno de uma ação do Governo Federal que havia sido interrompida durante a gestão de Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), em 2019.

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Alguns dos principais pontos do plano incluem:

Eixo 1 - Atividades produtivas sustentáveis:

  • Elaboração do Plano Nacional de Bioeconomia.
  • Criação de selos e marcas oficiais para certificação de produtos da bioeconomia na Amazônia.
  • Levar energia a 120 mil unidades para estimular projetos sustentáveis.

Eixo 2 - Monitoramento e controle ambiental:

  • Embargo de 50% das áreas desmatadas ilegalmente identificadas.
  • Cancelamento de 100% dos registros irregulares no Cadastro Ambiental Rural sobrepostos a terras federais.
  • Ampliação do número de bases estratégicas, delegacias federais e aeronaves da Polícia Federal e Forças Armadas na Amazônia.
  • Contratação de 1.600 analistas ambientais para atuar no combate ao desmatamento.
  • Produção de alertas diários de desmatamento.

Eixo 3 - Ordenamento territorial e fundiário:

  • Criação de 3 milhões de hectares de unidades de conservação.
  • Incorporação à União de 100% das terras devolutas (terras públicas ainda sem destinação).
  • Demarcação de 230 mil quilômetros de limites de terrenos marginais de rios.

Eixo 4 - Instrumentos normativos e econômicos:

  • Oferecimento de juros mais baixos e outros incentivos à produção sustentável no Plano Safra.
  • Regulamentação do mercado de carbono no Brasil.

O plano visa fortalecer o enfrentamento ao desmatamento ilegal, principalmente nas regiões do Cerrado e da Amazônia, que são particularmente afetadas por atividades agroindustriais extrativistas e predatórias. A intenção é tornar o Brasil um exemplo no combate a esses desafios ambientais e contribuir para a preservação dos biomas e o combate às mudanças climáticas.

O plano objetiva o envolvimento de diversos setores da sociedade, além do governo, para garantir a efetividade das ações propostas. O combate ao desmatamento ilegal e a promoção de atividades sustentáveis se mostram cruciais para o futuro do país e do planeta, e o plano apresentado pelo presidente Lula e pela ministra Marina Silva sinaliza um compromisso renovado nessa importante área.



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