Por Rany Veloso
Expulso do Progressistas (PP) do Piauí, nesta semana, o deputado estadual Marden Menezes respondeu às declarações do deputado federal Júlio Arcoverde (PP-PI) à coluna e afirmou estar sendo alvo de perseguição política. Ele classificou a decisão como "autoritária, arbitrária e vergonhosa".
Segundo Menezes, a situação é semelhante à que ocorre com a família do ex-prefeito Firmino Filho por causa de uma "exploração política", segundo ele "tudo porque não querem aceitar" seu apoio ao governador Rafael Fonteles (PT-PI).
"É como se eu não tivesse direito de escolher dar apoio a um governo que está indo bem e que tem o apoio da população", observa.

"Fui nitidamente perseguido por essas pessoas que têm influência na cúpula do partido e que por algum motivo decidiram me perseguir, tentam me prejudicar. São as mesmas pessoas, por exemplo, que estão fazendo um enorme absurdo com a família do prefeito Firmino, entrando da seara familiar, colocando irmãs uma contra a outra, filha contra a mãe (...) por conta de interesse político a entrarem em conflito, praticamente em uma guerra pública. Porque tenho certeza que se estivesse presente, o prefeito Firmino jamais aceitaria que colocassem a sua família em uma exposição desnecessária".
CONTRADIÇAO NO PP?
Marden Menezes comparou sua situação com a do ministro dos Esportes do governo Lula André Fufuca, filiado ao PP.
“Se fosse para expulsar, acho que a primeira expulsão que tinha que ter, se fosse esse motivo, seria a do ministro dos Esportes aqui em Brasília [André Fufuca], porque o partido ocupa um Ministério no governo federal e aí eles vão me perseguir lá no Piauí? Então, são argumentos falso, é uma situação realmente de perseguição pessoal”, reiterou.
O deputado expulso argumentou que o partido não estabeleceu nenhuma regra ou proibição de qualquer membro participar de ato, evento ou até mesmo de convenção.
"Todos os deputados do PP tiveram liberdade dentro das suas bases para fazer os entendimentos importantes para a manutenção dessas bases. Por quê só eu fui pego como bode expiatório sabe-se lá por quem? Então, não há nenhuma base fática, nenhum dispositivo legal que fundamente essa atitude autoritária, arbitrária, vergonhosa. Acho que envergonha a história do partido não só no Piauí, mas no Brasil, porque é uma imensa contradição, depõe de forma contrária de tudo aquilo que o partido diz pregar".
PRÓXIMO DESTINO
Sobre seu futuro político, o parlamentar afirmou estar tranquilo e sem pressa para definir sua nova sigla. Ele revelou ter sido convidado pelo MDB e pelo PSD, mas, caso se confirme a fusão cruzada entre legendas, a tendência é que se filie ao MDB, apesar de considerar o PSD sua primeira opção.
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REUNIÃO NO SENADO
Nesta quarta-feira (19), Marden Menezes esteve no gabinete do senador Marcelo Castro (MDB-PI), onde solicitou emendas parlamentares para os municípios que representa.