Alcolumbre defende 'cumprimento de acordos' sobre emendas ao discursar

Rodrigo Pacheco esteve à frente do Senado entre 2021 e 2025, sucedendo Davi Alcolumbre (União-AP), que concorre novamente à presidência da Casa.

Davi Alcolumbre vence eleição com folga e volta a ser presidente do Senado | Reprodução/Redes Sociais Davi Alcolumbre vence eleição com folga e volta a ser presidente do Senado | Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Atualizada às 15:20

Em meio a impasse com STF, Alcolumbre defende 'cumprimento de acordos' sobre emendas

O senador Davi Alcolumbre (União-AP), que foi reeleito para a presidência do Senado neste sábado, defendeu ao lançar a candidatura o "cumprimento de acordos" sobre os repasses de emendas palamentares, que estão no centro de um impasse entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

— Quero ser claro: é essencial respeitar as decisões judiciais e o papel do Judiciário em nosso sistema democrático. Mas é igualmente indispensável respeitar as prerrogativas do Legislativo e garantir que este Parlamento possa exercer seu dever constitucional de legislar e representar o povo brasileiro. Estou falando ao cumprimento dos acordos aqui firmados, porque sem confiança uns nos outros e sem a obediência ao que foi acordado, este Parlamento se transforma em um campo de guerra e as boas ideias se perdem numa eterna e infrutífera disputa entre antagonistas. Daí coloco um terceiro compromisso para o qual me empenharei com determinação: acordo firmado é acordo cumprido até que um novo acordo ou uma nova maioria pense diferente.

Atualização às 13h23

Senado inicia votação

Senado inicia votação, que será secreta. Senadores votam em cédulas de papel que são colocadas dentro de uma urna. Depois, a apuração será feita manualmente. Marcos do Val e Soraya Thronicke retiram suas candidaturas. Três senadores seguem na disputa: Davi Alcolumbre, Astronauta Marcos Pontes e Eduardo Girão.


Astronauta Marcos Pontes faz discurso como candidato à presidência do Senado

O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) usou seu tempo de fala como candidato à presidência do Senado para destacar seus compromissos caso seja eleito. Pontes afirmou que sua atuação será em defesa do Senado e do país, abordando temas como a anistia aos presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, a votação do impeachment de ministros do STF e a busca pelo equilíbrio entre os Poderes da República.

Durante seu discurso, o candidato enfatizou que pretende trabalhar de forma harmoniosa e pacificadora, além de valorizar a bancada feminina. Ele também defendeu a implementação do voto aberto e agradeceu ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que o introduziu na política, mencionando que sua candidatura representa resistência e mudança.

"Não é apenas o que falamos, mas o que fazemos. A população espera de nós: coragem, integridade e compromisso. Precisamos garantir que a voz da população seja ouvida," declarou o senador.

Atualização às 12h27

Início dos pronunciamentos dos candidatos

Após a conclusão da fase de encaminhamentos das bancadas, iniciou-se a série de pronunciamentos dos candidatos à presidência do Senado. Cada um dos cinco concorrentes terá até 15 minutos para apresentar suas propostas e justificar sua candidatura. A ordem dos pronunciamentos segue o critério alfabético dos nomes dos candidatos. O primeiro a se manifestar é o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP).

Atualização às 12h26

Presidente do Senado responde sobre voto aberto

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, informou que se pronunciará sobre a questão de ordem levantada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) em relação ao voto aberto na eleição para a presidência da Casa. Pacheco abordará o tema após os pronunciamentos dos candidatos.

Atualização às 12h21

Eduardo Girão defende voto aberto

Após os encaminhamentos das lideranças partidárias, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) apresentou uma questão de ordem defendendo que a eleição para a presidência do Senado seja feita de forma aberta. Ele argumentou que a Constituição não prevê o voto secreto para a escolha do presidente do Senado e destacou que o Regimento Interno não pode se sobrepor à lei maior.

Atualização às 11h43

Randolfe Rodrigues expressa apoio a Davi Alcolumbre

O líder do Governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), reconheceu a contribuição do senador Davi Alcolumbre, candidato à presidência do Senado, para a aprovação de diversas matérias essenciais, como a PEC da Transição, o Novo Arcabouço Fiscal e a reforma tributária. Randolfe destacou que a possível volta de Davi ao cargo trará orgulho para os amapaenses e segurança para os brasileiros.

Atualização às 11h39

Líder do PT no Senado apoia Davi Alcolumbre

O líder do PT no Senado, senador Rogério Carvalho (PT-SE), manifestou publicamente seu apoio à candidatura de Davi Alcolumbre à presidência da Casa. Segundo Rogério, Davi tem a habilidade de construir um diálogo produtivo com as lideranças partidárias, o que será essencial para apoiar as pautas do presidente Lula em benefício da população.

Atualização às 11h14

A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) elogiou a postura do presidente Rodrigo Pacheco em prol da democracia e das questões femininas. Durante sua fala, ela fez um apelo ao candidato Davi Alcolumbre para que mantenha a Comissão de Defesa da Democracia ativa e enfatizou a importância de garantir mais mulheres em cargos titulares na Mesa do Senado.

"Eu apelo para que a Comissão de Defesa da Democracia continue funcionando, pois é essencial para o fortalecimento da nossa instituição e para a manutenção da paz política no país," afirmou a senadora.

Atualização às 11h10 

O líder do MDB, senador Eduardo Braga (AM), confirmou que a bancada do partido dará apoio à candidatura de Davi Alcolumbre (União-AP) à presidência do Senado. Segundo Braga, além de um cargo na Mesa, o MDB busca assumir as presidências de comissões permanentes e um órgão do Parlamento.

"O MDB vai ter uma participação relevante na nova gestão, com membros assumindo postos-chave," disse Braga. "O senador Confúcio Moura (MDB-RO) será indicado para a Segunda-Secretaria, enquanto Alessandro Vieira (MDB-SE) ocupará a Procuradoria Parlamentar."

Além disso, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Marcelo Castro (MDB-PI) devem ser responsáveis pelas presidências das Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assuntos Sociais (CAS), respectivamente. Outro nome da bancada será destacado para comandar a Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC).

Atualização às 10h36

Com o quórum exigido no Plenário, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) declara aberta a sessão para escolha da nova Mesa Diretora da Casa Legislativa.

Quatro senadores apresentaram suas candidaturas para a presidência do Senado.

O nome do senador Davi Alcolumbre (União-AP) já recebeu o apoio de várias siglas, tanto da base governista quanto da oposição. No entanto, até a tarde desta sexta-feira, ele ainda não havia formalizado sua candidatura junto à Secretaria-Geral da Mesa. O registro pode ser feito até o início da fala do primeiro candidato na sessão de sábado.

Entre os concorrentes, estão os senadores Marcos do Val (Podemos-ES), que foi o primeiro a registrar sua candidatura; Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Pontes (PL-SP), que oficializaram suas candidaturas na segunda-feira (27); e a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que registrou sua candidatura na quinta-feira (30).

Atualizada às 10h15

No último discurso antes da eleição da nova Mesa Diretora do Senado, na manhã deste sábado (1º), Rodrigo Pacheco (PSD-MG) destacou o papel da Casa na proteção das instituições democráticas. O parlamentar enfatizou que o Senado desempenhou papel fundamental na defesa da democracia durante períodos conturbados, marcados pelo negacionismo e ataques ao regime democrático.

"Eu considero que o que deve mais nos orgulhar nesses quatro anos, a todos nós do Senado, é a defesa que o Senado fez da democracia no Brasil. A defesa da democracia foi uma tônica que fez com que o Senado se unisse em um momento de negacionismo, de ataques antidemocráticos, de negação à obviedade de que a democracia deve ser garantida no Brasil", afirmou.

Harmonia entre os poderes 

Pacheco ressaltou que o Senado atuou para garantir o equilíbrio entre os Três Poderes, reforçando o respeito institucional. 

"Eu considero que esse é um legado de todos esses senadores. O Senado de fato não se furtou de poder garantir que nós tívessemos respeito às instituições, busca de harmonia e separação harmônica entre os poderes", acrescentou.

Em um contexto global de polarização e desinformação, ele defendeu a união da sociedade e da política contra movimentos antidemocráticos. 

"Mais do que nunca, em momentos de certo obscurantismo, de muito negacionismo, momentos até estranhos que estamos vivendo no mundo, é muito importante que a política e a sociedade se unam nesse enfrentamento à antidemocracia", concluiu.

Eleição e transição no comando do Senado 

Antes do início da votação, Pacheco também fez um breve discurso de "prestação de contas" sobre sua gestão. Após a apuração dos votos e a proclamação do resultado, o novo presidente do Senado assume o comando da sessão, com mandato até janeiro de 2027. Caso esteja apto, poderá concorrer à reeleição.

Agradecimentos e balanço de gestão 

Em tom de despedida, o senador mineiro agradeceu às diversas esferas de governo e destacou a colaboração com a Câmara dos Deputados, presidida por Arthur Lira (PP-AL), que também deixa o cargo neste sábado. 

"Quero fazer um agradecimento à nossa Casa irmã, a Câmara dos Deputados, na pessoa do seu presidente Arthur Lira. A despeito de divergências, que são absolutamente normais na democracia, o trato foi sempre muito respeitoso e cordial. E conseguimos entregar em conjunto diversos marcos legislativos de interesse do país", afirmou.

O senador também destacou a produtividade do Congresso e elogiou seus colegas de parlamento. 

"Pode se criticar o Congresso em vários aspectos, mas não se pode criticar em relação à capacidade que tem de fazer entregas e ter uma produtividade. Esse reconhecimento deve se dar a todos os senadores e senadoras, inclusive pela confiança que me outorgaram nesses quatro anos", pontuou.

Reconhecimento à imprensa 

Ao longo do discurso, Pacheco reforçou o papel da imprensa profissional na disseminação de informações precisas e no combate às fake news, destacando o período crítico da pandemia e das eleições presidenciais de 2022. 

"De minha parte, um reconhecimento muito verdadeiro sobre a importância do papel da imprensa no Brasil, sobretudo em momentos em que se exige a boa informação e a apuração da verdade sobre fatos. Em tempos de fake news, de descompromisso de veiculação de informação pelas redes sociais, nunca foi tão importante uma imprensa livre, profissional, cujo trabalho deve também ser reconhecido por todas as instituições", declarou.

Legado e desafios 

Pacheco esteve à frente do Senado entre 2021 e 2025, sucedendo Davi Alcolumbre (União-AP), que concorre novamente à presidência da Casa. Durante seu mandato, enfrentou desafios como a gestão da crise sanitária da Covid-19, a instalação da CPI da Pandemia e os embates entre os Poderes no governo Bolsonaro, que seguiram na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

O senador mineiro assumiu a presidência em um período de restrições sanitárias e com o Brasil registrando recordes diários de mortes pela Covid-19. Foi sob seu comando que o Senado instalou a CPI para investigar a condução da pandemia pelo governo federal. Com a conclusão de seu mandato, Pacheco se despede da liderança do Congresso deixando um legado de conciliação e fortalecimento das instituições democráticas.

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