Desde o fim do ano passado, a Polícia Ambiental do Estado vem intensificando as fiscalizações nos municípios do Piauí, apreendendo equipamentos de pesca, bem como animais silvestres e pescado capturado em períodos ilegais. Iniciada em novembro de 2011, as operações devem prosseguir até o dia 16 de março deste ano, com o intuito de repreender, principalmente, as atividades dos pescadores no período da piracema.
Segundo o major John Roberto, subcomandante do Batalhão Ambiental, estão previstas várias operações para os próximos dias. Contudo, as datas e o nome dos municípios não podem ser revelados para não afastar os predadores. Somente no mês de janeiro de 2012 foram apreendidas 2.230 metros de rede de pesca, bem como 90kg de pescado ilegal. Também foram apreendidos 68 animais silvestres, além do registro de 30 ocorrências de entrega voluntária de animais, 94 animais capturados fora do seu habitat e 23 ocorrências envolvendo abelhas.
?Verificamos o aumento da pesca que utiliza o arpão, que é altamente prejudicial, pois atinge os peixes pequenos?, relata major John ao comentar que os animais apreendidos são destinados para o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Enquanto o pescado recolhido é doado para instituições filantrópicas. Já no caso da recolha de abelhas, estas são encaminhadas para a Universidade Federal do Piauí (UFPI) para a realização de pesquisas.
A pesca do caranguejo Uçá (típico da região) é proibida no período de 15 de outubro a 15 de fevereiro, ao passo que a pesca do camarão não pode ser efetuada de 1º de dezembro a 31 de maio. Para tanto, além de realizar atividades punitivas, o batalhão de Polícia Ambiental vem realizando quase todos os fins de semana palestras em escolas, bem como visitas às colônias de pescadores. Na oportunidade, os agentes alertam para a importância da não realização da pesca em épocas proibidas, dentre outras informações relevantes quanto ao tipo de pesca praticada.
?Além de intensificar a fiscalização, o batalhão investe também na qualificação dos agentes, que fazem cursos de capacitação e especializações para melhor atender as demandas surgidas no Estado?, ressalta major John Roberto.
Fonte: ascom
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