Manter uma família sólida e feliz: “Família custa caro!” Verdade ou Mito?

Manter uma família sólida e feliz envolve fazer alguns investimentos e economias que podem não estar previstos. Mas, até onde é preciso se importar com dinheiro?

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Ter um filho é o sonho de muita gente, mas só ao realizar esse desejo pode-se perceber que as despesas muitas vezes são maiores que as previstas. Por isso, fazer uma reserva é de suma importância para não acabar passando por apuros financeiros.

Os investimentos iniciais são a montagem do quarto, as compras de roupinhas (muitas vezes feitas em brechós de luxo), fraldas, e a contratação de um plano de saúde.

As pesquisas antes das compras são imensas e podem durar dias, pois tudo que é comprado envolve diretamente a segurança e o conforto da criança e da mamãe, que passará algumas semanas em recuperação do parto e com novas obrigações, como amamentar e trocar fraldas diversas vezes ao dia (obrigação esta que, claramente, não deve ficar apenas com a mamãe, mas também com os outros membros da família e, em especial, com o papai).

O ideal é que, meses antes do nascimento do bebê, os futuros pais e familiares que vão conviver diretamente com a criança, comecem a ler artigos sobre utensílios de casa, que ajudem a preparar a rotina para a chegada da criança. 

Alguns itens específicos ajudam muito na hora de higienizar mamadeiras e chupetas, aquecer fraldas para momentos de cólica, guardar remédios, pomadas, talcos e outras coisas que podem ser de uso do bebê ou da mamãe, e, de modo geral, deixar tudo bem organizado para que a chegada da maternidade seja o mais tranquila possível. 

Quando o bebê nasce, a lista aumenta. 

Segundo o site de descontos Bea Furtado, mães que acabaram de ter bebê tendem a pesquisar por cupons e outras promoções para poder arcar com os custos que envolvem os primeiros meses de vida da criança. 

O sabonete, o shampoo, o condicionador e outros itens de higiene e cuidado, nunca são os mais baratinhos do supermercado e são escolhidos minuciosamente para evitar que o bebê tenha algum tipo de alergia ou desconforto com ardor nos olhos, por exemplo. 

Nessa hora, a mãe pouco se importa com os itens que sempre escolheu para si mesma. É natural abrir mão de usar o melhor desodorante feminino ou esquecer de comprar o próprio hidratante na hora de fechar a compra. 

O bebê é sempre a prioridade e mesmo quem não tem um grande orçamento à disposição, investe o máximo que pode no conforto da criança. O nome disso é amor. 

O amor é lindo, mas com ele e com o cuidado vem, também, muitas preocupações que podem atingir o orçamento familiar. Especialmente, quando a gravidez e/ou as finanças não foram previamente programadas. 

Mercado de um público exigente 

As crianças do século XXI nasceram em meio a mudanças tecnológicas aceleradas e estão diante do excesso de informação desde os primeiros dias de vida, consumindo diariamente desse universo, de forma direta ou indireta, seja pelo desejo dos pais de estimular o desenvolvimento ou para o próprio entretenimento. 

Desde cedo, elas são expostas a situações que desencadeiam desejos e poder de escolha. 

Um vídeo infantil da internet, por exemplo, contém elementos que podem despertar na criança o desejo de posse e de contato. 

As crianças do século XXI são atraídas pela tecnologia e consomem aparelhos digitais, sendo que, cada vez mais, o virtual está inserido em suas vidas. 

Brinquedos que promovem a interatividade também estão no topo da lista dos mais comprados. 

Crianças têm o desejo insaciável por brinquedos. E, no final, elas saem no lucro. 

Segundo a pesquisa “Crianças brasileiras”, realizada através de uma parceria entre o Instituto Locomotiva e a Dotz, 88% dos pais recebem influência dos filhos quando estão realizando compras no supermercado ou no shopping. 

Além da influência direta dos filhos, os pais sentem o desejo de moldar a personalidade da criança, e o consumo faz parte desse processo.

De acordo com informações da Euromonitor, entre 2013 e 2019, o volume de vendas anual de produtos voltados a crianças cresceu 45,6% no Brasil, alcançando R$3,9 bilhões.

O mercado crescente, no entanto, precisa estar consciente.

Bruna Bozano, especialista em negócios digitais, cita que “as empresas que oferecem produtos de qualidade e, ao mesmo tempo, se preocupam com o bem-estar das crianças, acabam ganhando, também, a confiança dos pais, que se tornam fieis às marcas que conhecem e aprovam, inclusive se considerando dispostos a pagar mais por elas”. 

Os serviços para o público infantil 

A lista de produtos de consumo infantil é grande: Brinquedos, eletrônicos, roupas, calçados… Mas não são apenas itens físicos que são comercializados. 

Com a vida moderna, homens e mulheres assumiram postos de trabalho que consomem grande parte dos seus dias, e é comum conhecer crianças que passam período integral em escolas por causa da rotina da família.

A maioria dos pais e mães que podem optar, escolhem pelo trabalho em home office, a fim de passar mais tempo com os filhos, mas o mercado não possui tantas oportunidades nesse sentido, em especial quando o currículo não está abastecido de experiências remotas bem sucedidas.

Para quem procura vagas de emprego sem experiência, que não exijam a presença integral no local de trabalho, a possibilidade fica perto do “nada” 

Buscar por uma escola de qualidade é uma das principais preocupações de pais que têm condições financeiras para ofertar um ensino particular aos filhos. 

Além disso, entre as principais buscas por serviços estão os relacionados à saúde, e as decisões não são fáceis. 

A contração de um plano de saúde familiar passa pela escolha de uma empresa que ofereça um número satisfatório de pediatras, por exemplo. 

No Brasil, segundo o último levantamento feito pela Faculdade de Medicina de São Paulo (datado de 2020) sobre a Demografia Médica do Brasil, existem 43 mil pediatras. O Sudeste é a região com maior número de profissionais: 54,4%. E o Norte tem o menor número: apenas 4,1%. 

Com base nos dados acima, fica claro que ainda existe espaço para quem busca aproveitar oportunidades de investimento na área de prestação de serviços. 

A abertura de empresas para serviços médicos voltados ao público infantil, por exemplo, pode ser lucrativa e útil para a população, visto que existe pouca oferta e muita demanda. 

Ambiente familiar: Tão importante quanto o consumo consciente e serviços de qualidade 

Ter a oportunidade de comprar produtos que vão fazer os filhos felizes e oferecer conforto, comodidade e despreocupação à família são as metas de toda mãe e todo pai. 

Mas a busca não se limita aí. É importante criar um ambiente saudável para as crianças. 

As influências podem interferir na formação de caráter, principalmente quando estão presentes no núcleo familiar. 

Terapeutas, como Lilian Zolet, afirmam que os pais precisam transferir responsabilidades para as crianças, ensinando-as a importância de cuidar e guardar os brinquedos, a consciência das atividades rotineiras, como tomar banho e almoçar em horários estabelecidos.

Esses estímulos, segundo os especialistas, ajudam as crianças a entenderem o cotidiano e a serem proativas - característica essencial no mundo moderno.  

Algumas das responsabilidades que podem ser transferidas para os pequenos, são: 

·         Comer: a partir de 7 meses a criança já pode participar dos processos de alimentação, como almoço e jantar. Ela já consegue pegar pedaços de alimentos e levar na boca; 

·         Uso de talheres: entre 1 ano e meio e 3 anos a criança já consegue utilizar talheres na alimentação. É importante oferecer talheres sem pontas e estar sempre ao lado delas durante o manuseio; 

·         Escovar os dentes: entre 3 e 4 anos é o período ideal para deixar as crianças escovarem os dentes sozinhas. A atividade precisa ser monitorada por um adulto;

·         Arrumar o quarto: A partir de 4 anos a criança já consegue colocar objetos e brinquedos no lugar, acessar prateleiras baixas. Os adultos devem supervisionar o processo.

.         Banho: dos 4 aos 5 anos a criança já consegue tomar banho sozinha. O processo precisa ser acompanhado por um adulto; 

Muitos pais e tutores se queixam da dificuldade de educar. 

São inúmeras tentativas que parecem não dar certo, e não existem fórmulas padronizadas, já que cada criança reage de um jeito a cada estímulo. 

O que norteiam os pais nesse momento são propostas aplicáveis no dia a dia, fortemente auxiliados por conteúdos publicados na internet para ajudar mães e pais de primeira viagem nesta missão de educar os filhos, sobre como se portar na frente das crianças, como impor limites, desenvolver as habilidades necessárias para oferecer a melhor criação e explicar sobre consumo consciente e escolhas a respeito de aquisições para os pequenos.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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