A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS foi definida desde maio de 2006 com a publicação da Portaria nº. 971. Essa política pretende desenvolver com essas práticas abordagens à saúde que busquem estimular a promoção, prevenção e recuperação da saúde utilizando métodos naturais, pautados na escuta, no acolhimento e no desenvolvimento de vínculos terapêuticos entre usuário, família e profissional de saúde, de modo a auxiliar no entendimento do conceito ampliado de saúde e no autocuidado. O cuidar de forma integral do ser humano é o propiciado por essas terapias que percebem os aspectos emocionais, psicossociais, afetivos e espirituais como fatores que afetam a saúde proporcionando o aparecimento de doenças no corpo físico.
O município de União com o objetivo de sensibilizar os profissionais de saúde para a realização de práticas integrativas no seu território promoveu uma oficina de noções básicas de biodança para os profissionais da ESF, NASF e CAPS. A biodança promove o desenvolvimento humano, a integração afetiva, a renovação orgânica e a reaprendizagem das funções originárias da vida. Foi criada pelo antropólogo e poeta chileno, Rolando Toro e tem sua metodologia baseada em vivências induzidas por músicas, movimento e situação de encontros em grupo.
A oficina teve como objetivos: oferecer vivências integradoras para os profissionais que cuidam diariamente da saúde da população (cuidar do cuidador); reforçar a sensibilidade no trato com os usuários, a partir de vivências que promovem a afetividade e possibilitar aos profissionais o acesso a essa metodologia, tornando-o capaz de utilizar alguns dos recursos empregados em seus trabalhos com grupo, favorecendo a espontaneidade, autoestima, a participação e integração dos usuários. Através de exercícios de Biodança é possível harmonizar grupos, desenvolver a alegria entre os participantes, deflagrar a espontaneidade, a comunicação sensível, a confiança, autoestima, a criatividade e afetividade, favorecendo a saúde geral de quem a pratica.
Para Ismênia Reis facilitadora da oficina “os profissionais de União demonstraram um nível de interesse e comprometimento muito saudável, participando atentamente tanto dos diálogos em torno de temáticas propostas e da teoria de Biodança, quanto das vivências proporcionadas”. Participaram da oficina 30 profissionais, dentre médicos, enfermeiras, psicólogos e agentes comunitários de saúde.
“A realização e necessidade dessa oficina surgiu após a avaliação das ações de matriciamento de saúde mental no município, onde foi constatada a dificuldade dos profissionais da atenção básica de realizarem grupos pela falta de capacitação. Espera-se que esta oficina seja só a primeira de muitas que ainda virão”, diz Marta Evelin, Coordenadora do CAPS de União.
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