A empresa Safety & Aviation Training - Consultoria Aeronáutica Ltda foi contratada por mais de um R$ 1 milhão pela Secretaria de Transportes do Piauí para elaborar o Plano Diretor do aeroporto de São Raimundo Nonato (a 517 km de Teresina).
O Contrato Nº 12/2011 foi publicado há quatro dias no Diário Oficial da União e tem vigência de 470 dias. A Esaero (nome fantasia da empresa) tem um prazo de 12 meses para executar o contrato.
Por telefone, o diretor de operações da empresa, Antônio Mesquita explicou a reportagem que a assinatura do contrato foi apenas o primeiro passo para a internacionalização do aeroporto, que deverá ser concedida somente após a elaboração dos planos anuais exigidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
?A Esaero vai fazer com que o aeroporto de São Raimundo Nonato cumpra a legislação exigida pela Anac. Enquanto isso, o aeroporto ainda vai passar pelos processos de Homologação, Certificação e somente depois dessas duas etapas é que deverá receber a internacionalização?, explicou Mesquita.
O diretor disse ainda que desde a vigência do contrato a empresa já está com funcionários no aeroporto para realizar estudos a fim da elaboração do plano de emergência e dos programas de manutenção e segurança.
A primeira liberação de verbas para o aeroporto de São Raimundo Nonato foi feita em 30 de dezembro de 2002. No penúltimo dia da gestão de Fernando Henrique Cardoso, o governo federal destinou R$ 5 milhões para o futuro aeroporto. Já no governo Lula foram anunciados outros R$ 7,43 milhões. As obras tiveram início em 2004.
Mais à frente, o governo federal destinou mais R$ 8,33 milhões e o governo do Piauí comprometeu-se com outros R$ 5 milhões de contrapartida. Só a pista ficou pronta. Isso em 2009.
Um problema técnico impede a homologação do aeródromo. A pista foi construída com apenas 1.650 metros e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) só reconhece pistas para grandes jatos a partir de 2,5 mil metros. Com isso, o Aeroporto Serra da Capivara terá de receber mais 850 metros. Por enquanto, a Anac liberou a pista como aeródromo, sem permissão para operações comerciais. Apenas aviões pequenos fazem pousos e decolagens no local.
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