Fotos exclusivas do primeiro ensaio de Camila Pitanga na Serra da Capivara

Fotos exclusivas do primeiro ensaio de Camila Pitanga na Serra da Capivara

Fotos exclusivas do primeiro ensaio de Camila Pitanga na Serra da Capivara | SAMUEL RIBEIRO

Camila Pitanga será o destaque durante 4 noites no anfiteatro da Pedra Furada, na Serra da Capivara.

Conhecido por sua riqueza natural, o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, se prepara para receber o espetáculo O Duelo, da Mundana Companhia (SP). Inspirada na novela do escritor e dramaturgo russo Anton Tchekhov, a peça conta com a produção dos atores Aury Porto, Camila Pitanga e da produtora Bia Fonseca.

Conhecido por sua riqueza natural, o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, se prepara para receber o espetáculo O Duelo, da Mundana Companhia (SP). Inspirada na novela do escritor e dramaturgo russo Anton Tchekhov, a peça conta com a produção dos atores Aury Porto e Camila Pitanga e da produtora Bia Fonseca.

Trazer O Duelo para o Parque Nacional da Serra da Capivara ( Palco Pedra Furada) ? local onde a Mundana se apresenta pela primeira vez, é a realização de um desejo acalentado pela beleza do parque - referência da história do homem americano. Nele há uma enorme riqueza de perspectivas possíveis para repensarmos a trajetória do homem na terra.

A entrada nos quatro dias de apresentações (15, 16, 17 e 18 de agosto), é franca e o número de espectadores limitado a 150 pessoas por noite. Para assistir à peça, patrocinada pela Caixa Econômica Federal via Lei Rouanet, foi preciso pegar senhas distribuídas nas cidades de São Raimundo Nonato e Coronel José Dias. A classificação indicativa é de 12 anos.

Na sexta-feira, dia 16, os integrantes do espetáculo farão um encontro com a população na sede do Museu do Homem Americano, há partir das 14h. O acesso é aberto aos interessados que desejam conhecer os atores e técnicos da companhia. A iniciativa faz parte dos projetos da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), de integrar a população ao parque incrementando as opções de cultura disponíveis na região.

O escritor russo Anton Tchekhov (1860-1904), que se consagrou como contista e dramaturgo, é também conhecido como um notável novelista. Nome forte dessa vertente é O Duelo (1891), narrativa que aborda a desavença entre duas hombridades e duas ideologias em meio às supostas civilização e barbárie. Ou seja, o conflito entre duplos díspares, mas complementares. Rússia versus Cáucaso, humanismo versus determinismo. A história, inquietante e surpreendente, acontece sob o calor quase alucinógeno do litoral do lendário Mar Negro.

?Desde a primeira leitura dessa novela (O Duelo) fiquei interessado na forma inusitada e irônica como a situação duelar, tão característica da sociedade humana, é superada. E o que me fez idealizar este projeto foi a possiblidade de superação do duelo, no qual necessariamente um homem tem que exterminar o outro para seguir vivo. Essa história nos mostra que podemos superar o duelo em nome da vida.?, diz Aury Porto.

Ele lembra ainda de outro traço desse projeto inovador, que tem a ver com a filosofia da companhia, reforçada em cada montagem: ?Interessa-me muito esse paralelo, esse atrito entre culturas aparentemente tão distantes como a russa e a brasileira?, diz.

A equipe da mundana companhia está sempre em transformação. A cada nova peça, um diretor com afinidades afetivas e estéticas com o projeto e membros da companhia é convidado a integrar a equipe. Para O Duelo o convite foi feito para a atriz e também diretora Georgette Fadel. Esta é a quarta encenação da mundana companhia a partir de um autor russo e encerra, assim, a tetralogia que se iniciou com O Idiota, de Fiódor Dostoiévski.

Os diferenciais que caracterizam a companhia não param por aí. Antes de chegar à Serra da Capivara, a companhia residiu durante seis semanas, entre ensaios e oficinas, em municípios do interior do Ceará. ?Dessa forma, o espetáculo ganha ainda mais fôlego com os elementos resultantes do intercâmbio com o povo e os artistas de cada uma dessas regiões. O objetivo é extrair o máximo da experiência cênica de cada local e transformá-la em algo único, próprio deste espetáculo.? diz Aury Porto.

A diretora do espetáculo, Georgette Fadel, explica a importância de se iniciar a turnê longe do eixo Rio-São Paulo ?Ao sairmos de São Paulo e do Rio de Janeiro, passamos a ver, com o estranhamento de quem chega a um local diferente, a dificuldade e a descoberta de habitar um espaço com características distintas do local de origem, o que é muito rico para a construção do que acontece no palco?, declara.

Fotos: Samuel Ribeiro

*Divulgação de fotos -Autorização pelo telefone (89) 9900-7920 / 8108-0323



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