Aconteceu na noite desta terça-feira (28), na Câmara de vereadores, uma audiência pública, para tratar sobre o funcionamento do matadouro público de Santo Inácio do Piauí. Havia uma discussão entre alguns açougueiros do município em matar ou não matar os animais no matadouro.
Para discutir sobre o assunto, o promotor de justiça da comarca de Campinas do Piauí, Dr. Marcelo de Jesus Monteiro Araújo, esteve presente participando da audiência. Ao chegar a Santo Inácio, o promotor visitou o prédio do matadouro para averiguar a situação do ambiente, após a visita o promotor retornou a Câmara de vereadores onde foi debatido sobre o assunto.
No início da audiência, o veterinário do município Dr. Daniel Douglas Carvalho Nogueira, apresentou um seminário sobre a importância da insperção no município, a função do veterinário, os tipos de doenças causada nos animais e as conseqüências no consumo de carnes contaminadas. Já o Coordenador da Agência de Defesa agropecuária do Estado do Piauí (ADAPI), Dr. Fabrício de Sousa Araújo, falou das fiscalizações realizadas no município, para o Dr. Fabrício, as adaptações vão sendo feitas de acordo com as necessidades, “muitas coisa já foram mudadas e melhoradas, claro não chegará a 100%, mas são adequações que serão feitas, como o transporte da carne, o carro que se tem lá não é o adequado, mas é o que se tem hoje”, falou.
Dr. Fabrício também questionou do por que da resistência de alguns açougueiros em não querer matar os animais no matadouro, “não entendo o porquê a resistência e ainda não ouvi uma explicação convincente. Agora, todos devam estar atentos para as cobranças porque nós também iremos cobrar, será exigido, porque nenhum animal entrará no matadouro se não tiver este documento”, concluiu.
No termino da fala do Dr. Fabrício, o promotor Dr. Marcelo de Jesus, começou sua explanação, onde explicou para o público presente, sobre a importância da audiência pública, Dr. Marcelo falou, que toda mudança tem resistência, “a audiência pública é um exercício de cidadania, e sobre o assunto do matadouro é natural o ser humano, se acostumar com o estado atual, a pessoas já esta acostumada aquele jeito” falou.
Ainda em sua fala Dr. Marcelo falou sobre o código de postura que existe no município desde 2013, ele falou sobre o Art. 98, que trata sobre o abate de animais, “a sociedade influência na lei, mas a lei também influência a sociedade, a lei acaba forçando uma cultura diferente, e uma cultura para melhor, então já há uma legislação municipal obrigando, ou seja, o município chamou para se a responsabilidade, esta lei é uma faca de dois gumes! Porque ela esta impondo obrigações para as pessoas que comercializa carnes, e também esta impondo obrigações para o poder público, porque quando o poder público assume a obrigação perante a todos de dar condições de funcionamento a quem lá queira matar seus animais. Antes de eu vim aqui, pedi que fossemos lá no matadouro visitar, por que o que os olhos não vê o coração não sente, que mim passou aqui o Fabrício, o que eu vi lá, o que as pessoas fizeram criticas ao matadouro no ano passado, que o lugar de escorrer o sangue estava bagunçado, hoje a realidade já mudou, já deu uma melhorada o que agente precisa não é para atender um capricho, por exemplo, do Daniel, o que agente quer é ter cada vez maior controle sobre, e evitar que uma carne que não seja propicia para o consumo seja negociada, e para que isso possa acontecer é importante que se tenha um veterinário inspecionando”, disse o promotor.
O promotor ainda foi além em suas palavras, “agora temos que ter bom senso, agora tem umas coisa que não da para acontecer, tem coisas que tem a nossa parte e tem a parte do poder público, essas coisas de vender carne é um negocio, e negócios, agente bota nos custo e para ter o lucro e vai saber por quanto vai poder vender, aquele produto para obter lucro. O município não pode ser a mãezona de todos não, agora precisa que tudo esteja regulamentado, para se fazer os procedimentos, para isso acontecer o ministério público queria vim aqui antes, para que agente cumprisse essa legislação, não por medo do promotor ou por medo de ser multado, mas por ter consciência que isto é bom para a saúde das pessoas, que isto é importante e que isto é mais um passo além de vários outros que precisam ser dados. Espero que depois, possamos, fazer uma audiência sobre a carne depois do matadouro, de como esta sendo armazenada” concluiu Dr. Marcelo.
O prefeito Tairo Mesquita, falou dos ajustes que já foram feitos no matadouro, e se propôs a fazer os ajustes que possam surgir, procurando sempre melhorar o ambiente, onde estão sendo abatidos os animais para o consumo humano.
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