Atendendo requerimento de autoria do Vereador José Carlos, o Prefeito Moaci da Rocha Amorim compareceu na última Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores(13/09) para dar explicações sobre salários atrasados e o caos na saúde entre outras coisas. (transmissão ao vivo pela Rádio FM)
O Prefeito começou agradecendo o convite se desculpou por não ter comparecido na 1ª data solicitado, justificando alguns compromissos já agendados e inadiáveis.
José Carlos começou perguntando sobre salários atrasados e a situação do Ginásio Poliesportivo.
Prefeito atribuiu a queda de receita da Prefeitura indicando como prova a diminuição do repasse da Câmara, citou também a instabilidade econômica internacional onde o Brasil reduziu a arrecadação como IPI (uma das fontes de receita das prefeituras). Disse ainda que há um crescimento natural das despesas como contratação de pessoas e infra-estrutura, enquanto as receitas estão caindo. Disse também que há débitos herdados de outras administrações como causas trabalhistas, INSS, Previdência e CEPISA, segundo ele em torno de R$ 70.000,00/mês.
O prefeito, mostrando valores de receita do FPM foi questionado pelo vereador Arcilon Filho, havendo discussões a respeito de valores (crédito/débito).
O Secretário de Educação Onário Guimarães fez uma interferência e foi repelido pelo vereador Arcilon e isso criou mais uma discussão. A Presidente Nilda Soares colocou em votação quanto a participação, pois o Prefeito disse que necessitava do assessoramento do secretário, uma vez que o mesmo era gestor.
Os vereadores Termozires, Daniel e Aline votaram a favor da participação do secretário enquanto que Mizael, José Carlos e Arcilon votaram contra; o vereador Junivaldo se absteve; com o empate a presidenta Nilda Soares desempatou optando pelo veto ao Secretário justificando que se necessário o chamaria em outra oportunidade.
Em seguida o prefeito explanou sobre receitas e despesas na área da saúde. Entre as despesas citou a reforma de uma ambulância no valor de R$ 6.000,00.
O vereador Mizael questionou quanto ao estado da ambulância, pois recentemente fora informado por pacientes que foram à Teresina e tiveram que levar lanterna, pois não havia luz interna no veículo. Mizael citou o exemplo do seu tio que foi transferido para Bom Jesus em carro particular. O prefeito disse que inclusive visitou o tio do vereador e justificou que a saúde de Redenção não está apta a fazer operação vesicular. Mizael disse ainda ser testemunha de funcionário sair de moto ou carro para buscar chave de departamentos do hospital, segundo o vereador, essas chaves ficam na casa de funcionários que se quer estão de plantão.
Arcilon disse que o prefeito trouxe como base de receita, o mês de julho, segundo ele o de menor valor. Quanto ao ajuste de pagamento, o prefeito disse estar reduzindo o quadro de pessoal na medida do possível.
José Carlos questionou: Este ano o senhor contratou muitos funcionários mesmo estando com salários atrasados. O prefeito disse ter sido estritamente necessário e também em caráter provisório.
Arcilon questionou: Foram fechados níveis de ensino de 5ª a 8ª série nas localidades São José, Barracão e Lourenço, no entanto não se viu resultado prático. O prefeito justificou que esses profissionais do interior trabalhavam com 2º turno.
Arcilon questiona ainda que a Secretaria de Educação só possui três carros, sendo assim como se gastou R$ 6.000,00/mês de combustível?
O prefeito disse que aquela despesa era da prefeitura e não da secretaria. Isso gerou mais uma grande discussão.
José Carlos disse que o governo está gastando o dinheiro público de forma desnecessária citando os R$ 900,00/mês pagos ao Portal 180º que era gratuito (antes com Ronaldo Figueiredo) além do funcionário.
O prefeito disse ser necessária a comunicação do município. Isso demandou muita discussão, pois o vereador disse que além de já existir gratuitamente, há outros canais e formas de comunicação sem onerar o município.
Mizael disse haver secretarias que foram criadas e não há função citando Assuntos Estratégicos, Esporte e Comunicação.
O prefeito disse que todas foram aprovadas por esta Casa e todos trabalham.
Arcilon questionou sobre inclusão de servidores no SERASA devido a empréstimos consignados (prefeitura desconta em folha e não repassa a CEF). O prefeito disse ser culpa da CEF, segundo ele, há muitas ações na justiça contra a Caixa Econômica por danos morais.
Sobre o Ginásio Poliesportivo o prefeito disse que os recursos foram insuficientes e vários ajustes foram feitos pelos engenheiros. Disse ainda que a obra foi aprovada pelo CREA, vistoriada e provada pela CEF, mas disse que o procurador do município está acionando a empresa construtora para resolução do problema, ainda que extra-judicial. (O ginásio foi inaugurado em junho de 2008 e caiu em janeiro de 2010).
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.