Aos 28 de Outubro de 2014, alunos e professores da unidade Escolar Marcos Parente da cidade de Redenção do Gurguéia-PI, foram conhecer as pinturas rupestres, descobertas há tempos por moradores da região, mas divulgadas recentemente.
A região fica localizada há 43 km da sede. O boqueirão visitado tem como nome Boqueirão dos Porcos, como é conhecida popularmente. A Serra é adjacente da Serra das Confusões e da Serra Vermelha. A equipe estava composta por um guia - Rosimar Batista, vulgo Belisco - conhecedor da região, professores de letras/ português- Ozimar e Gildézia Fernandes, Engenheiro Florestal e professor - Ricelle Paraguai, Veterinária e professora - Ianete, Professora de Educação Física - Maristela Maia, Bióloga e professora - Weskly Lago e pelo radialista e secretário da mesma escola - Karisbenio Lago.
Depois de ouvir e ver tanta gente falar da tão impressionante beleza natural daquela região, ficamos intrigados e curiosos em conhecer pessoalmente, afinal, faz parte da história dos nossos antepassados. No decorrer do trajeto, observamos os variados tipos de vegetação, que aos poucos iam mudando de acordo com o solo. Notamos que predomina a vegetação caatinga, que mesmo nesse período tão escasso de água conseguem sobreviver graças aos seus mecanismos de adaptação.
Encontramos também algumas plantas típicas de cerrado. Ao aproximar do local destinado, fomos surpreendidos pelos lindos paredões rochosos, com as mais variadas formas e design. Rochas do tipo sedimentar que ao sofrer intemperismo como, chuva e vento, se moldaram com o tempo. Coisa de Deus! As pinturas, ou melhor, as impressões encontradas nas paredes da serra são muito diferentes das já vistas em outras serras já estudadas. Isso fez com que alunos levantassem hipóteses de como esses povos as fizeram.
Pareciam estar contando fatos do cotidiano numa sequência lógica de ideias, que nos fazem imaginar o que queriam dizer. A fauna apesar de está bastante ameaçada ainda é possível perceber a presença, como do pequeno roedor chamado de mocó encontrado em tocas da serra. Encontrou-se também uma concha de molusco terrestre da classe gastrópode, de porte grande, porém foram dizimados pelo fogo.
Notamos também que a presença do homem é bastante rigorosa, podendo constatar algumas atividades do tipo pastoreio para gado, caça excessiva, queimadas, desmatamento e etc. Provavelmente, muitos dados importantes foram perdidos pela falta de preservação e cuidado.
A natureza é mesmo muito incrível! Mesmo em locais muito secos, desenvolveram-se árvores gigantescas medindo mais de 5m de diâmetro, como o angico branco encontrado em um cantinho de mata virgem. Assim como outras árvores de grande porte, apresentam características do tipo casca grossa, raízes profundas, folhas pequenas e copas altas para fugir das sombras dos paredões e captar a luz solar.
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