Exames confirmam doença rara na região de Picos

Exames confirmam doença rara na região de Picos

Exames confirmam doença rara na região de Picos

Um terceiro exame foi realizado pelo Ministério da Saúde, que também fez a coleta de sangue em aves e cavalos para saber se existe a possibilidade de surto

Fonte: Lana Krisna

  • Divulgação

    Estrada de acesso ao município de Aroeiras do Itaim

Membros do Ministério da Saúde visitaram a localidade Barro Branco, localizado na divisa dos municípios de Itainópolis e Aroeiras do Itaim no dia 25 de setembro para investigar a suspeita do primeiro caso de Febre do Nilo Ocidental em um ser humano no território brasileiro.

A Febre do Nilo Ocidental é uma doença potencialmente séria, que pode gerar desde uma febre até encefalite grave e morte do paciente. Dois exames confirmaram a doença no paciente F. R. L., de 52 anos, que trabalha como vaqueiro e atualmente encontra-se com alguns membros do corpo paralisados.

Um terceiro exame foi realizado pelo Ministério da Saúde, que também fez a coleta de sangue em aves e cavalos, animais que podem ser hospedeiros do vírus, além da captura de vários mosquitos, que no caso desta doença são considerados como vetor, ou seja, a contaminação em humanos acontece através da picada do mosquito contaminado.

O paciente apresentou febre intensa, dor de cabeça, dor no corpo, astenia, vômito, náuseas, dor abdominal, dor nas articulações, mialgia e dor retro orbitária. Antes de ser internado também foi acometido por paralisia súbita nos membros inferiores e superiores, além de paralisia facial, até o momento já conseguiu recuperar alguns movimentos, mas continua sem caminhar. De acordo com o médico neurologista Marcelo Adriano, não se trata de uma paralisia, mas uma fraqueza muscular que o impede de realizar alguns movimentos.

Caso o terceiro exame, agora realizado pelo Ministério da Saúde, confirmado, este será o primeiro caso de Febre do Nilo Ocidental no Brasil, doença que já causou surtos e epidemias na Europa, África, Ásia e na América do Norte. Uma das possibilidades investigadas é que esta doença tenha chegado até o Piauí através de aves migratórias.

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou uma nota onde afirma que até o presente momento os “resultados não indicam presença ou possibilidade de surto de doença entre seres humanos ou animais”, acrescentando que “os resultados das análises da 2ª amostra poderão apontar para a presença de um caso isolado de Febre do Nilo Ocidental clinicamente evidente na região ou para a ocorrência de outro agente infeccioso”.

Durante a primeira visita da equipe da Vigilância Epidemiológica do Piauí, Vigilância Ambiental e Lacem, os moradores da localidade e familiares do paciente informaram que o cavalo usado por F. R. L. estranhamente teve morte súbita há dois meses, quando o paciente começou a apresentar os primeiros sintomas. Também relataram sobre a morte súbita de algumas galinhas na localidade.

A Secretaria Estadual de Saúde acrescentou através de nota que “a exata identificação do agente implicado requer análise de ‘amostra pareada’ de sangue e outros materiais biológicos colhidos na fase de convalescença da doença – cuja coleta já foi providenciada”.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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