A primeira etapa do inquérito epidemiológico, determinado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi concluído nas cidades de Lagoa do São Francisco e Milton Brandão.
A etapa constou de entrevista prévia, que também será feita em Pedro II, na próxima semana. Por causa do inquérito, a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, que aconteceria em maio, foi adiada para 1º a 30 de junho, com certificação até 15 de julho.
O objetivo do inquérito epidemiológico é constatar se não há ocorrência do vírus da aftosa no Piauí. Será um passo decisivo para que o Estado seja classificado como zona livre da doença.
Segundo o coordenador da Unidade de Sanidade Animal e Vegetal (USAV) de Pedro II, médico veterinário Kelme Lemos, os produtores rurais que participam do inquérito nos três municípios foram selecionados pelo próprio MAPA.
Produtores estão colaborando
Na Lagoa do São Francisco, participam do inquérito os produtores Antônio Ribeiro do Nascimento e João Sales Barros, ambos da localidade Cabreiro. Eles foram entrevistados no dia 8 deste mês. Em Milton Brandão, participa do inquérito o criador Luís Marques da Silva, do Sítio Velho, entrevistado no dia 10.
Kelme Lemos explicou que a entrevista prévia serviu para identificar as unidades primárias de amostragem. ?Representou o primeiro contato com os produtores rurais diretamente envolvidos no estudo. Serviu também para orientar e motivar esses criadores, que fazem parte desse trabalho que deverá resultar na evolução do status sanitário do Piauí?, disse ele.
O coordenador da USAV/Pedro II acrescentou que os produtores selecionados estão colaborando. ?Eles compreenderam a importância do inquérito e da participação deles no procedimento e colaboram de forma significativa, sem oferecer resistência ao inquérito?, ressaltou Kelme Lemos.
Mudança de status sanitário
A entrevista prévia é uma preparação para a próxima etapa do inquérito epidemiológico, que é a sorologia, na qual haverá coleta de amostras de sangue do rebanho selecionado. O material coletado será enviado para a Lanagro, rede de laboratórios oficiais do MAPA. O resultado do inquérito será conhecido no fim do ano, após serem cumpridas todas as etapas previstas.
O Piauí é considerado, hoje, de risco médio para a aftosa, mas tudo indica que o Estado passará a zona livre.
Kelme Lemos, disse que está confiante quanto à mudança de status sanitário. ?Temos realizado um trabalho efetivo de vacinação e fiscalização e não registramos nenhum caso de febre aftosa na região, nos últimos anos. Nossa expectativa é de que o inquérito vai constatar que estamos mesmo livres da doença?, concluiu.
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