O Instituto CETA, unidade de Pedro II realizou nos dias 10 e 11 de março, excursão com um grupo de 45 acadêmicos de Ciências biológicas a Barra Grande, uma linda praia piauiense, localizada no município de Cajueiro da Praia, a 50 km de Parnaíba, tendo por objetivo a abordagem de conhecimento teórica e prática das disciplinas de Zoologia dos invertebrados inferiores/Zoologia dos invertebrados superiores, as disciplinas foram ministradas sob a orientação do Professor Nelyswelson Sousa, Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Piauí e Pós- graduado em Saúde Pública e Gestão Ambiental pela Faculdade Cristo Rei.
Escolha do local foi realizada ao se constatar grande potenciai da diversidade faunística da região, possibilitando os estudos dos grandes grupos da Zoologia marinha e exemplares representativos dos vários táxons bem como seus aspectos morfo-sistemáticos, biológicos e ecológicos.
Uma das propostas de atividades foi desenvolvida nos ecossistemas bentônicos constituído por um dos recifes de corais do local, que por abrigarem uma extraordinária variedade de plantas e animais considerados como os mais diversos habitats marinhos.
Estima-se que um único recife de coral pode abrigar, pelo menos, 3 mil espécies de animais como esponjas marinhas organismos filtradores, de coloração muito variada indo desde o branco até o vermelho púrpura, além de diversos outras espécies do filo dos cnidários como caravelas, água-vivas,corais, entre outros.
Outro ponto amplamente visitado foi a área dos manguezais, num passeio de canoa com a associação de condutores da Barratur no já tradicionalmente recomendado passeio do Cavalo Marinho, por cerca de 1:30h, atravessando manguezais, e apreciando a exuberante fauna e flora do litoral piauiense, com direito a banho e ao encontro com a espécie Hippocamppus reidi, conhecido como o exótico cavalo marinho, que está ameaçado de extinção e encontrou nas águas piauienses um bom local para morar e procriar.
Em determinado momento, o barco para e a turma desce para dentro do mangue, lá se vivencia a captura dos caranguejos, dentro do mangue em seu habitat natural e condições de reprodução.
O barro quando duro é liso e escorregadio, quando não, os pés afundam até acima do joelho os caranguejos se afundam dificultando o encontro com o catador que para pega-lo coloca a mão na loca e afunda o braço todo, encostando o rosto também no barro.
Nesse trajeto o que mais impressiona é a grande quantidade de crustáceos estabelecida nesse ecossistema, de todas as cores e espécies, mas com um destaque para a espécie do caranguejo-uçá que povoa os solos desses manguezais em enormes quantidades de machos e fêmeas.
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.