Familiares de idosa desenterrada em cemitério parnaibano realizam manifestação

Familiares de idosa desenterrada em cemitério parnaibano realizam manifestação

A manifestação foi realizada em frente a Câmara Municipal de Parnaíba. | João Júnior

Familiares e amigos da idosa Darcy Nóbrega de Oliveira, de 79 anos, que foi desenterrada de um túmulo no Cemitério da Igualdade, em Parnaíba, litoral do Piauí, realizaram uma manifestação na manhã desta quinta-feira (03/09) em frente à Câmara Municipal de Vereadores. Eles pediram por justiça e por mais atenção do poder público na segurança dos cemitérios da cidade.

Segundo a Perícia Criminal, após ser retirada do túmulo, a idosa foi violentada sexualmente. Crueldade que revoltou a população parnaibana. Segundo o coveiro José Airton, que realizou o sepultamento de Darcy Nóbrega no último sábado (29/08), não existe um esquema de segurança que garanta a tranquilidade das famílias. “Não tem um vigia, não tem nada. Fica tudo abandonado, tudo aberto”, disse.

Com faixas e panfletos, os manifestantes cobraram mais segurança nos cemitérios parnaibanos. “E por que não privatizar os nossos cemitérios? Já que o poder público não assume com responsabilidade”, questionou uma sobrinha da idosa.

Os familiares também protestaram a ausência dos vereadores durante a manifestação. “Aonde estão os representantes da Parnaíba? Tão sonhada Parnaíba! Tanto que muitos políticos fizeram por nossa cidade, e agora esperamos por uma resposta”, ponderou João Nóbrega Júnior, sobrinho da idosa.

O crime de vilipêndio a cadáver, previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro, ainda é investigado pela Polícia Civil de Parnaíba. Durante a perícia no cemitério, um líquido viscoso simular a sêmen humano foi encontrado no corpo da idosa, assim como preservativos. O Instituto de Criminalística encaminhou o material coletado para Teresina, onde será realizada uma comparação com o sêmen de Ubirajara Rodrigues dos Santos, que chegou a ser detido no domingo (30/08) suspeito de ter tido participação na ação criminosa.

Por Kairo Amaral



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