Viver é um espetáculo maravilhoso, principalmente quando apregoamos sentimentos positivos, ações benéficas e conquistamos o amor familiar e infinitos amigos.
Hoje, estamos reunidos no templo sagrado da Igreja de Nossa Senhora da Vitória para celebrar a missa alusiva ao sétimo dia do encontro do ilustro amigo Manoel de Oliveira Sinimbu com o Altíssimo.
Tentando encontrar uma assertiva que pudesse caracterizá-lo, intitulei-o de Profeta da Alegria, posto que, foi o mestre da auto-estima elevada e diplomata do bom humor.
Convivi desde pequena com a companhia deste ser de indubitável sabedoria e de latente felicidade no coração, na razão e na fisionomia.
A nossa amizade nasceu a partir da convivência do meu pai (Anchiêta Santos) que ao chegar à terra de mafrense (há quarenta anos), após aprovação em concurso público para Tabelião, recebeu deste dócil cidadão amarantino-oeirense, a mais especial acolhida, visto que alugou uma casa (de sua propriedade), bem como, doou generosamente à nossa família, a sua mais terna e saudável presença, ou seja, nos presenteou com a sua cativante áurea humana.
Meu pai, apelidava-o de amigo 2SS (Sincero e Sábio) e assim foi profícua e benfazeja a relação fraternal que nos aproximou e que nos uniu até o momento da visita da indesejada das gentes (a morte), como corroborou Manoel Bandeira.
Feliz somos nós que vivenciamos da indiscutível energia que emanava do Profeta da Alegria.
Destarte, foi frutífera e permanente a alegria que exalava do íntimo daquele homem pequeno no tamanho e grande na nobreza de caráter.
Proferiu com proficiência a alegria de viver; uma alegria semelhante à do apóstolo Paulo, que mesmo em meio às intempéries da existência humana, não deixava de conclamá-la. Era um sentimento que nunca murchava, que nunca destoava, permanecia sempre altaneira e graciosa, independente do tempo ou da situação.
Assim foi Oliveira, disseminou a alegria até na dor...
Discorreu Cora Carolina, que a constância da alegria era um estado de espírito inerente aos guerreiros.
Neste sentido, Manoel Oliveira Sinimbu; o baixinho, careca, magrinho, porém gigante na transmissão de sentimentos progressistas e altruístas, foi o mais apurado alquimista da alegria, tinha cheiro de vivacidade e reluzia como ouro.
Ser feliz para este profeta, era um estilo de vida, não dependia das circunstâncias, mas de estar em Cristo, pois como ele bem dizia parafraseando Fp 4-13: Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
Desta feita, não conheço a tristeza, porque amo Deus.
Quantos admiradores e entusiastas deste magnânimo homem, foi ovacionado e prestigiado com alegria que ele transbordava; alegria recheada de inteligência, de amor, de fé, de serenidade e de muito esmero pela vida e pela natureza.
Confesso que nunca conheci em minha vida, um homem na terceira idade, com tamanho poder de compartilhar e multiplicar bem estar.
Amante das letras, mesmo sendo um homem de poucas letras, foi agraciado por uma elevada inteligência lingüística; seus artigos revelavam ricas lições de vida e externavam a simplicidade de sua nobre essência.
Afirmava Kahlil Gibran que é belo dar quando solicitado; é mais belo porém, dar por haver apenas compreendido.
Obrigada Oliveira Sinimbu pelo muito que nos ensinou, por tantos momentos de regozijo que nos proporcionou e muito mais pelo legado de alegria que contagiou os nossos corações.
Viva o Profeta da Alegria!
Aplausos para o Manoel que sabiamente comungou a felicidade.
Que Deus o receba em sua pátria celestial, com a mesma bonança de espírito que ele nos acolheu.
Em suma, cante com Deus: No céu não haverá tristeza, nem sombra de doença e de dor e a morte se torna bendita, porque é feita pelo Salvador e nós (familiares e amigos), cantaremos sempre em sua homenagem: Nós temos tanto para lhe falar, mas com palavras não sabemos dizer, como é grande o nosso amor por você...
Saudades...
Cassí Neiva e família.
OEIRAS-PI, 11 DE JULHO DE 2012.
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