A Suzano Papel e Celulose demitiu na última quarta-feira (13), cerca de 130 funcionários que trabalhavam no Viveiro de Mudas Clonais, considerado pelos próprios diretores da empresa multinacional, o maior da América Latina. Lá, foram investidos recursos que giram em torno de 30 milhões.
Segundo nota da assessoria de imprensa da empresa, a suspensão das atividades no Piauí foi motivada pelas mudanças no cenário macroeconômico mundial e conseqüente redimensionamento de seu plano de crescimento. Dos 145 funcionários contratados na manutenção dos ativos florestais em Monsenhor Gil, apenas 15 pessoas serão mantidas. Justamente as mulheres que estão grávidas, de licença maternidade ou que integram a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
A desistência da Suzano aos projetos anunciados para o estado do Piauí vem causando manifestação das autoridades piauienses, sobretudo do Governo Wilsão e do senador Wellington Dias que já anunciaram que vão acionar o Governo Federal para intervir a favor da continuidade de implantação da unidade de produção de celulose no estado. O projeto da Suzano para o Piauí foi anunciado ainda em 2008, e a estimativa de investimentos era de US$ 1,8 bilhão e a geração de 20 mil empregos.
Além da Suzano Papel e Celulose, outra empresa implantada em Monsenhor Gil que dispensou a maioria de seus funcionários é a Fábrica de Postes e Pré-Moldados Pincol. Ambas geravam dezenas de empregos aos jovens e pais de famílias do município. Os incentivos fiscais dados na gestão anterior contribuíram para a vinda destas empresas para a cidade, fomentando assim o fortalecimento da economia local e evitando a migração de pessoas para os grandes centros urbanos do país, principalmente dos jovens.
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