O prefeito João Luiz participou nesta manhã de segunda feira (11) de Ação Educativa e Preventiva em Trânsito. A atividade educativa contou com a participação da Policia Rodoviária Federal (PRF) e SAMU - Monsenhor Gil.
"A Ação foi pensada justamente pela chegada do feriado da Semana Santa, orientando no objetivo de prevenir acidentes de trânsito", afirmou a coordenadora do SAMU de Monsenhor Gil, enfermeira Angelina Thais.
Além da abordagem aos motoristas que transitam pela BR 316 que corta o Município, os técnicos do SAMU usaram uma personagem para mostrar uma das consequências para quem desobedece as leis de transito vigentes!
A violência no trânsito pode ser observada pela troca de ofensas entre motoristas, desrespeitos à legislação e até mesmo com a morte nas vias.
Além de gerarem problemas momentâneos como desentendimentos e estresse, levam a perda de vidas. As consequências de atos de imprudência acabam repercutindo por um longo período e podem impactar de diferentes formas.
Em algumas localidades, como Gurupi o número de mortes e acidentes aumentou. No primeiro semestre de 2021 foram registrados 417 acidentes, um aumento de 14% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, no Pará houve menos mortes no trânsito no primeiro trimestre do ano. Foram 30 obtidos a menos nas rodovias estaduais.
Apesar de haver dados positivos, os impactos da violência no trânsito não passam despercebidos.
Perda da força de trabalho
Um acidente de trânsito que leva a danos ou a morte das pessoas impacta diretamente na força de trabalho. As vítimas ficam afastadas do trabalho e por mais que se saiba o que o DPVAT cobre em relação aos auxílios esse não é suficiente.
Os valores recebidos pelas vítimas não arcam com as contas do cotidiano e a força produtiva fica reduzida. O afastamento dos profissionais do trabalho pode impactar famílias inteiras. Se ele for a única ou principal fonte de renda, as perdas podem ser irreparáveis.
Sobrecarga do sistema e saúde
As vítimas de acidentes de trânsito, muitas vezes precisam ficar internadas e passar por tratamentos de saúde. Esse é um processo que pode levar meses ou até mesmo anos conforme a gravidade.
Para que se tenha uma ideia, os custos com feridos, nos últimos 10 anos custou ao SUS mais de R$ 3 bilhões. Esse valor poderia ser investido em saúde preventiva se houvesse maior conscientização da população.
Perdas materiais
Uma colisão no trânsito resulta em perdas materiais. Pode ser necessário realizar reparo nos veículos ou esses podem ser considerados perdidos.
Em ambos os casos os custos são bilionários anualmente. Estima-se que entre 2007 e 2018, em sinistros foram gastos cerca de R$ 1,5 trilhão. Esse valor não tem como ser recuperado e acaba afetando a economia e o PIB.
Redução do PIB
Olhando de forma macro, a violência no trânsito possui um custo alto. Ela afasta a força de trabalho, reduz o poder de consumo, exige profissionais de saúde, socorristas e outros.
A consequência disso é o impacto no PIB que reduz cerca de 3% devido à violência nas vias.
Problemas psíquicos e emocionais
Não se pode esquecer que a violência no trânsito afeta o psicológico das vítimas e pessoas ligadas ao acidente. Uma criança que perde seus pais nessa situação terá que levar isso para toda a vida.
Estudos que acompanham vítimas de acidentes de trânsito relatam que cerca de 30% delas ainda sofrem desordens psiquiátricas após 18 meses. O mais comum é que síndrome de estresse aguda e dificuldade para superar o trauma vivido.
Perda de cargas e mercadorias
Outro problema é que o meio de transporte envolvido no acidente pode estar transportando cargas. Além de resultar em todos os impactos já citados, pode levar a perda das cargas ou mercadorias.
Isso impacta não apenas a empresa, mas a sociedade que pode sofrer com o desabastecimento de algum produto.
Como reduzir o impacto da violência no trânsito
Boa parte da violência no trânsito acontece por imprudência dos motoristas e condutores de veículos motorizados ou não. Os pedestres também possuem a sua participação.
A melhor forma de reduzir a violência no trânsito é com a educação e conscientização. Essa deve começar na escola ensinando os alunos como se comportar e as consequências e suas ações.
Os adultos também devem ser reorientados, seja com campanhas que ocorrem anualmente ou de outra forma.
A única maneira de conseguir dados positivos é quando cada um fizer a sua parte e começar a pensar no próximo. Caso contrário, a violência no trânsito tende a crescer e seus impactos serão cada vez mais sentidos.
(Jeniffer Elaina, do site Smartia.com.br)
Fonte: https://www.folhadobico.com.br/impactos-da-violencia-no-transito-em-2021/
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.