Resultado da Audiência Pública sobre a Construção da Orla em Monsenhor Gil traz cenário de indefinição

Resultado da Audiência Pública sobre a Construção da Orla em Monsenhor Gil traz cenário de indefinição

Resultado da Audiência Pública sobre a Construção da Orla em Monsenhor Gil traz cenário de indefinição |

Diante de um cenário de insatisfação de alguns moradores que possuem residências com os fundos para o Riacho Natal e que discordam da construção de uma avenida a beira do mesmo riacho, com outros benefícios como uma praça e um Mine palco, a prefeitura municipal de Monsenhor Gil, principal interessada na construção da obra, decidiu por realizar uma Audiência Pública para tratar sobre o tema e chegar uma decisão de consenso. Audiência pública é considerada como uma das ferramentas das mais legítimas da democracia e foi realizada no último sábado (13), no plenário da Câmara Municipal de Monsenhor Gil, com as presenças do prefeito João Luiz, vice Evandro Abreu, ex prefeito e engenheiro Zé Noronha, padre Walfran Rios, vereadores, advogados e alguns populares na plateia. De forma virtual participou o promotor público de Monsenhor Gil, Dr Rafael Maia e um representante do IDEPI, órgão do governo do Estado do Piauí, que disponibilizou mais de um milhão de reais para construção da obra. O prefeito João Luiz comandou as discussões e iniciou falando sobre a grandiosidade da obra do ponto de vista de uma maior visibilidade para o município, geração de empregos, elevação da auto estima da população, entre outros benefícios. Também frisou com bastante ênfase que só tocará a obra se houver um aceite da população e um entendimento com as partes divergentes. Ele também chamou atenção para um grupo de pessoas, adversárias políticas, que estão disseminando informações desencontradas tentando confundir a cabeça da população. João Luiz também se colocou a disposição para junto com seu corpo técnico da prefeitura atender reivindicações que estejam dentro da legalidade e daquilo que as receitas da gestão municipal permitam ser disponibilizado. "Estou aqui de braços abertos, com toda humildade para chegarmos a um consenso, mas de forma amigável. Nada farei se não houver um aceite da população", disse João Luiz. Ele repetiu por várias vezes que não fará a obra se não houver um acordo amigável com todos e finalizou pedindo a compressão de todos e se colocando a disposição para esclarecer as dúvidas de qualquer cidadão do município, bem como dos entes envolvidos. O professor doutor José Cardoso ao usar a tribuna na audiência disse que de sua parte não há politização no sentido negativo sobre a construção da orla, José disse que a disputa no campo das idéias se encerraram no dia 15 de novembro, após os resultados nas urnas. "Somos a favor do desenvolvimento do nosso município, dentro das regras das leis vigentes", disse o professor que foi candidato a vereador na coligação adversária a chapa vitoriosa que reelegeu o atual prefeito João Luiz.

A presença do padre Walfran Rios se deu devido um trecho da avenida, Orla do Riachão, passar no fundo da Casa Paroquial, sendo que segundo o pároco seria necessário uma indenização pelas glebas de terras e a não construção do palco no local definido pelos engenheiros da obra. Em tom firme e até ríspido o padre chegou a provocar a prefeitura para um embate judicial o que foi veementemente rechaçado pelo prefeito João Luiz. O prefeito chegou a dizer que não pretende brigar com ninguém, muito menos com o padre da cidade. "Não sou de brigas, estou aqui com toda humildade para resolver. Não vou criar uma disputa logo com o padre!. Se for assim, eu faço um ofício agradecendo o governo do Estado por nos presentear com essa importante obra e paro com tudo", finalizou o prefeito.

Representante do Ministério Público, Dr Rafael Maia que se pronunciou durante a audiência de forma virtual e afirmou que ainda irá se inteirar com mais informações sobre o processo de construção da obra. Mas deixou claro quais os pontos que o ministério público irá observar para uma tomada de decisão. Enquanto isso nas redes sociais e nas conversas de rodas pela cidade, a grande maioria da população se manifesta favorável pela construção da orla do riachão e fazem várias observações sobre o teor da audiência pública e principalmente sobre o comportamento de umas pessoas que tentaram tumultuar e desvirtuar o real objetivo da audiência pública.

Outras pessoas se manifestaram mostrando preocupações com a conservação do meio ambiente e outras enaltecendo os ganhos turísticos com a realização da obra.  O vice prefeito Evandro Abreu falou da importância da obra como mais uma alternativa para mobilidade urbana do município e para as práticas esportivas e de entrelaçamento entre as pessoas como um ponto de encontro para todas as faixas etárias, desde crianças até Idosos. Evandro também citou que tem terreno na mesma linha da casa paroquial, mas que entende que a realização da obra, irá valorizar o mesmo. "Na vida temos que ceder um pouquinho ali outro tanto acolá para se conquistar uma harmonia que nos permita viver de forma saudável e tranquila", nos disse Evandro. 

Vice prefeito três vezes, prefeito duas vezes e atual diretor da Agrespi Zé Noronha foi mais didático sobre especificações da obra e relatou que quando era prefeito de Monsenhor Gil também tentou realizar este sonho dos monsenhorgilenses, mas esbarrou na falta de recursos e apoios para fazer a orla. "Parabenizo o prefeito João Luiz pela conquista junto ao governo do Estado", afirmou Zé Noronha. Ele fez citações sobre as preocupações de alguns sobre impacto ambiental. Segundo ele a construção da orla obedece as leis e determinações dos órgãos competentes neste trabalho de preservação.

Fotos animadas, da maquete da obra



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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