Serviço de Proteção à Família Realiza Reunião

Serviço de Proteção à Família Realiza Reunião

Mães participantes da reunião | ASCOM Ipiranga Izaias Pontes

Aconteceu na manhã de hoje (19/11) uma reunião com as mães atendidas pelo Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), Foi no Prédio do CRAS no Bairro Santa Catarina, a Psicóloga Zélia Neiva e a Psicopedagoga Neide Coelho se revezaram na conversa com as mães, o assunto da reunião foi: O Papel Educador da Família na Formação da Criança, o público alvo era de Crianças de 04 anos até 14 anos de idade, devido a falta de intermediação dos pais na educação dos filhos está acarretando problemas em todas as áreas da vida dessas crianças, elas tem enfrentado dificuldades nos relacionamentos principalmente nas escolas e na vida social.

A coisa mais difícil que existe nesta vida é educar um ser humano, pois a educação demanda nossa atenção constante durante um bom tempo, sem esquecer, é claro, que podemos aprender até o último momento de nossa vida.

Alguns fatores apontam as causas da falta de limite na educação das crianças de um modo geral, destacando os valores morais que sumiram do nosso cenário, haja vista o enorme número de casos de corrupção ininterrupta na política, nas empresas e nas igrejas que são apresentados na mídia e nos quais dificilmente a lei consegue ser cumprida. Ademais, instaurou-se na cultura a ideia de que ser esperto é a grande jogada e, o contrário, uma tremenda burrice. Então, por que seguir regras?

Outro ponto importante é a ausência dos pais na vida da criança, em virtude da carga horária dedicada ao trabalho. Assim, a convivência educacional é deixada aos cuidados da escola desde os primeiros momentos da vida da criança em creches ou instituições educacionais do governo ou particulares. Essa necessidade familiar gera um sentimento de culpa nos pais, que, para compensar tais circunstâncias, acabam sendo permissivos em demasia com seus filhos, impedindo, por conseguinte, momentos de educar e proporcionar os valores que devem ser seguidos, derivados dos próprios valores existentes nos pais e na constituição da personalidade da criança.

Contudo, abre-se uma nova polêmica nesse rastro de educação sem limites ao lembrarmos que muitos pais com filhos hoje adolescentes ou adultos vêm de uma geração que pregou por muitos anos a ideia de que a liberdade total era a melhor saída, contrapondo-se à ideia da repressão sócio histórica vivida por eles em sua juventude, o que acarretou um juízo de valores distorcido, vindo de um radicalismo social de repressão educacional para outro de permissividade, sem fazer "escola", não havendo ponderação e, consequentemente, faltando um plano mediano que fosse sendo ajustado à medida que as demandas educacionais de cada época surgissem. Simplesmente, foi-se estabelecendo esse modelo de educação até o momento em que se evidenciaram os desastrosos resultados. Outra condição a ser pensada é o exagero que os pais têm com relação aos traumas que poderão causar caso venham a ser mais enérgicos na educação de seus filhos.

Ps: Armando Correa de Siqueira Neto



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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