Após a passagem dos sucessivos escândalos que deram fim ao governo Collor, as questões e problemas que perturbavam a nação brasileira continuaram a ser uma incógnita. A instabilidade econômica, o processo inflacionário e a desigualdade socioeconômica pareciam ainda maiores e insuperáveis. O clima de frustração e desconfiança era notório.
Foi quando em fevereiro de 1994, ainda no governo de Itamar Franco, o então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso anunciou as medidas do Plano Real. De acordo com seus principais pontos, o Plano Real defenderia a paridade monetária entre o real e dólar por meio de uma política de intervenção onde o governo manteria a economia estável mediante a venda de dólares e a elevação das taxas de juros.
Foto: Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso anunciou as medidas do Plano Real
Lançado no dia 1º de julho de 1994, o Plano Real está completando 19 anos de implementação. De acordo com o Ministério da Fazenda, a inflação estava em torno de 50% ao mês em junho de 1994 e baixou para 1,7%, nos primeiros meses de 1995.
O ministério registra ainda que o plano entrou em vigor em um momento ?quando há 35 anos não se registravam taxas tão reduzidas de inflação?. Além de baixar a inflação, o plano tinha como objetivo enunciado promover o desenvolvimento econômico.
A inflação elevada durante a vigência do cruzeiro real, moeda vigente até então, motivava a necessidade de reajuste quadrimestral de salários, com base na inflação do período. Em alguns quadrimestres, os salários reajustados chegavam a dobrar seu valor nominal.
O plano ainda trocou o cruzeiro real pelo real. Antes, houve um período de transição com a atualização monetária por meio da Unidade Real de Valor (URV), que convertia os valores ainda cobrados em cruzeiro real.
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