Perdas agrícolas chegam a 85% e prefeito decide assinar decreto de emergência

Perdas agrícolas chegam a 85% e prefeito decide assinar decreto de emergência

Decreto de emergência | Edna Gomes

A preocupação com a seca que atinge toda a zona Rural de Campo Maior levou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e a Prefeitura de Campo Maior a se reunir com representantes de mais de 20 comunidades do município campomaiorense, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. A reunião contou com a participação de técnicos do EMATER e do IBGE e com a presença do vice-presidente da FETAG, Antônio José.

Na reunião ficou constatado que as perdas agrícolas em Campo Maior já ultrapassam os 80% e em algumas comunidades chegam a 85%. ?Não temos mais dúvidas de que é necessário decretamos estado de emergência no município. Já determinei que minha assessoria tomasse as providências necessárias para que a gente possa assinar o decreto?, afirma o prefeito Paulo Martins.

O presidente da Associação da Comunidade Angelim, João da Cruz, lamentou as perdas agrícolas sofridas pelas 54 famílias locais. Ele disse que além da falta de chuvas, que provocaram a perda de 85% das plantações de milho, feijão e arroz, o líder comunitário também revelou que os reservatórios da região estão secos e os que permanecem com água não estão sendo aproveitados, por falta de projetos de irrigação.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Francisco das Chagas Santos, Chaguinha, a estiagem de 2012 é uma das mais fortes dos últimos 74 anos. ?Desde a década de 30 não se registrava um período de estiagem tão forte. Nós trabalhadores rurais precisamos, urgente, de políticas para convivermos com a seca?, alertou o sindicalista.

O presidente do STTR disse que pela falta de um laudo técnico do EMATER e do IBGE, o testemunho dos presidentes de Associações Comunitárias vão servir de base para diagnosticar a situação de emergência pela qual passa Campo Maior. ?A presença de técnicos desses órgãos vai servir para embasar os relatos de perdas que estamos presenciando aqui pelos líderes comunitários?, reforça Chaguinha.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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