Para proteger lençol freático, prefeitura vai restringir escavações de poços tubulares

Para proteger lençol freático, prefeitura vai restringir escavações de poços tubulares

Reunião | Jonas

As escavações desordenadas de poços tubulares em Campo Maior estão comprometendo o lençol freático e o sistema de abastecimento de água no município. O nível no subsolo campomaiorense chega a está até 60% mais baixo e é motivo de preocupação para as autoridades sanitárias municipais.

Esse aspecto preocupante levou a Prefeitura Municipal de Campo Maior a organizar uma força tarefa, em conjunto com o SAAE e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, para implantar normas e regras com o intuito de impedir a propagação descontrolada de poços tubulares na cidade. ?Nossos poços atingiam uma vazão a uma profundidade de 40, 50 e 60 metros. Agora é 100, 150 e 200 metros, isso quando se consegue achar água?, alerta o prefeito Paulo Martins.

Paulo Martins se reuniu com o diretor do SAAE, Fernando Miranda, e com a secretária municipal do Meio Ambiente, Conceição Paz, para discutirem a implantação de um conjunto de ações que restrinjam a escavações no lençol freático de Campo Maior.

O prefeito lembra que o município de Campo Maior já conseguiu a autorização para construção de uma barragem no Rio Jenipapo, a instalação de uma adutora e a construção de uma estação de tratamento para alimentar o sistema de abastecimento da rede municipal. ?Enquanto isso precisamos criar meios para preservar a nossa principal fonte, que é o subsolo?, afirma o prefeito.

A secretária Conceição Paz revelou que dentre as normas que estarão sendo estabelecidas será a de que só será permitida a escavação após ser feito um estudo geológico e depois de ter a permissão da Prefeitura Municipal, através da licença ambiental.

O diretor Fernando Miranda informa que o sistema de abastecimento é dotado de 31 poços turbulares, dos quais só 16 estão em operação. Fernando avisou que será feito um levantamento na cidade para detectar quais poços, escavados em área particular, prejudicam o sistema público de abastecimento. ?Não podemos permitir mais que o conforto de poucos aconteça em detrimento de muitos?, avisou Miranda.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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