Não ouvido por ocasião da divulgação da matéria que liga o seu nome há suposto caso de golpe e a fim de que os leitores tenham o real entendimento sobre o assunto, o juiz Lirton Nogueira Santos esclarece alguns pontos da reportagem que foi repercutida pela imprensa local.
Em junho de 2011, um técnico da área de informática do Tribunal de Justiça do Piauí constatou que computadores do Juizado Especial e Criminal de Campo Maior foram alvos de instalação de programas espiões, por parte de um servidor que tralhava no local. Tais programas buscavam copiar senhas do magistrado e servidores, a fim de ter acesso a decisões e atos judiciais dos espionados, bem como ao Processo Judicial Eletrônico.
Após esta constatação por parte do TJ-PI, o servidor acusado da espionagem fora prontamente afastado das funções pelo magistrado, à época titular do Juizado, até que fossem apuradas as irregularidades pela Corregedoria do TJ-PI, o que ocorreu em dezembro de 2012, após uma correição extraordinária.
As investigações preliminares sobre o caso já foram iniciadas pelo TJ-PI e pela Polícia Civil, as quais já constataram irregularidades como falsificação das assinaturas do magistrado e de servidores do Juizado, adulteração de processos, decisões e sentenças virtuais duvidosas, dentre outras ilegalidades. Alguns servidores e advogados já foram indiciados e a investigações prosseguem normalmente.
O magistrado, até aqui uma das maiores vítimas destes fatos narrados, já colocou à disposição do Tribunal de Justiça seus sigilos bancário, fiscal e telefônico - a fim de que não paire nenhuma dúvida sobre sua conduta irretocável, em quase 18 anos de magistratura ? e deseja, por fim, que os fatos sejam devidamente esclarecidos, os culpados punidos e a Justiça, feita.
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.