Votação do Piso dos ACS e ACE do Brasil ficou mesmo para o dia 12 de novembro de 2013

Votação do Piso dos ACS e ACE do Brasil ficou mesmo para o dia 12 de novembro de 2013

Caros companheiros (as) leiam com atenção e repassem aos demais. (Cruz Castro)

Após as votações da semana passada, a CONACS reiniciou essa semana o seu trabalho na Câmara de Deputados. Com uma comissão formada por representantes dos Estados da Bahia, Ceará, Goiás, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco, a presidente da CONACS, Ruth Brilhante, visitou praticamente todos os parlamentares que colaboraram com a aprovação do Regime de Urgência, especialmente os Líderes Partidários que votaram a favor do Piso Salarial.

A repercussão das votações e principalmente a reação da categoria nas redes sociais, foram temas recorrentes em todas as abordagens a parlamentares. A presidente da CONACS resumiu bem como foi o clima de trabalho essa semana: ?Acredito que muitos deputados apostavam que não me veriam aqui tão cedo... vi no rosto de muitos, um olhar src="https://www.meionorte.com/uploads/imagens/2013/11/1/0548a6ebca73a4434cd8ab88fcdfb752.jpg" width="600" height="450"/>

surpreso, como se quisessem me dizer: Vocês não desistem? E respondi a esses olhares com um sorriso no rosto e a expressão facial de quem está mais do que nunca decidida a NÃO DESISTIR JAMAIS! Com meus colegas uniformizados, e eu vestida com meu jaleco velho de guerra, nos encontramos com todos os Líderes, minutos antes da reunião de líderes, que decidiu a data exata da votação do PL 7495/06.?

DOS ENCAMINHAMENTOS

Na reunião de Líderes, ocorrida na deste 30/10, o colégio de líderes, decidiu por unanimidade que a data de votação do PL 7495/06 será mesmo dia 12/11.

Embora não tenha sido essa a data a princípio defendida pela maioria dos Líderes, visto que, havia uma expectativa de se votar ainda no dia 05/11, foi feito um entendimento articulado pelo próprio Presidente da Câmara, que na data do dia 12/11, não poderá haver nenhum impedimento regimental para a votação dessa matéria, inclusive, por parte do Governo, que chegou a ameaçar incluir projetos com urgência constitucional, só para trancar a pauta.

Segundo o Líder André Moura (PSC/SE), o Líder do Governo, dep. Arlindo Chinaglia (PT/SP), admitiu que é inevitável a votação do Piso Salarial, e que por isso, estaria ainda essa semana trabalhando num texto de consenso para votação no dia 12/11.

DAS ESTRATÉGIAS DA CONACS PARA VOTAÇÃO DO DIA 12/11

Com certeza o comportamento estratégico da CONACS deverá ser mudado. Muito se conversou essa semana sobre as formas de trabalho da categoria, pois, erramos na semana passada ao negligenciar as artimanhas do Governo para esvaziar o Plenário da Câmara, e assim, derrubar a sessão, sem se quer discutir o mérito da votação.

Dessa vez, certamente não seremos expectadores da nossa própria derrota. Se estamos numa ?guerra?, temos que deixar de assistir. Temos que ir para o corpo a corpo! Sendo assim, desde já, informamos as nossas lideranças e a todos que quiserem participar da mobilização organizada pela CONACS que:

1º) Não haverá nenhum Auditório reservado para acomodar os participantes da mobilização, e portanto, quem for a Brasília no dia 12/11, irá ciente que a sua participação ?poderá? se limitar na visita e ocupação dos gabinetes dos Deputados;

2º) A CONACS estará designando uma liderança para coordenar os trabalhos de vista dos gabinetes para cada andar dos ANEXOS III e IV, de modo que, todos os 513 gabinetes se mantenham monitorados todo o dia 12;

3º) Está sendo organizado uma rede de twitter que terá como objetivo, informar para o máximo de pessoas possíveis, no dia da votação e em tempo real, a posição de cada parlamentar, e situações como se o Deputado está ausente, ou votou contra ao Piso;

4º) A CONACS ainda orienta aos colegas que não puderem estar no dia da votação em Brasília, que se mobilizem nos Aeroportos das capitais de todos os Estados, a partir do dia 11/11, especialmente nos horário de vôos com destino a Brasília. A intenção e pressionar todos os parlamentares em suas próprias bases eleitorais, com faixas e cartazes. E nessa ação, tirem fotos com os Deputados segurando placas com os dizeres ?voto SIM ao PL 7495/06? ou ? voto NÃO ao PL 7495/06?, ou ainda ? ? ?. Com isso, conforme a resposta dada iremos confirmar ou não, o compromisso de cada Parlamentar com a categoria, havendo repercussão imediata nas redes sociais;

5º) Será organizada outra estrutura a partir de segunda-feira (11/11) no Aeroporto de Brasília, com a finalidade de também pressionar os parlamentares que chegarem de seus Estados;

6º) Sabemos que os Prefeitos deverão se mobilizar para impedir a votação do Piso Salarial, e por isso, a presença física dos agentes de saúde dentro de todos os 513 gabinetes durante todo o dia 12/11 será imprescindível, para o sucesso das nossas estratégias. Dessa forma, iremos precisar de colegas experientes e que exerçam com segurança o papel de liderança, para que mantenhamos nossas equipes bem informadas e atentas a qualquer manobra do Governo ou dos prefeitos a fim de nos desarticular e nos derrotar!

7º) A CONACS convida todas as lideranças de caravanas, seus diretores e presidentes de sindicatos filiados, a participarem de uma Reunião no dia 11/11, às 21:00h, com objetivo de definir os comandos, as funções de cada caravana e as últimas estratégias de trabalho. O local deverá ser confirmado pelos interessados ainda no dia 11/11 pelo telefone 62 81963838 (TIM) ou 62 99498365 (VIVO).

8º) Até o dia da votação, a divulgação nas redes sociais e nos demais meios de comunicação da relação de todos os parlamentares que nos apoiaram, bem como, a lista dos deputados que nos traíram, seja votando em OBSTRUÇÃO ou sendo AUSENTES, será a melhor arma que poderemos usar. Devemos ser conscientes, reconhecer e valorizar quem nos apóia e sobretudo, cobrar de quem se ausentou nas nossas votações, posicionamento favorável a aprovação do PL 7495/06 !

FONTE: CONACS.

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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

SINDICALISTA DE MUITA COMPETÊNCIA DESABAFA SOBRE O PISO SALARIAL NACIONAL DA CATEGORIA.

ACE Cosmo Mariz- Presidente do SINDAS/RN.

AGENTES DE SAÚDE X PT E ALIADOS, UMA LUTA QUE DEPENDE DE CADA AGENTE DE SAÚDE.

Depois que a CONACS publicou o balanço das traições e armadilhas feitas pelo Governo Dilma, resolvi tecer alguns comentários sobre a Guerra dos Agentes de Saúde x Governo do PT e seus aliados.

Ao longo de mais de 3 anos, os mais de 300 mil ACE e ACS, dormem e acordam sem que vejam a concretização do sonho de um piso salarial digno, que depende tão somente da vontade política do Governo Federal.

Um sonho que não custará muito ao Governo Brasileiro, apenas custará o esforço da Presidente Dilma, de parar e analisar, que sem os agentes de saúde, os próprios Municípios Brasileiros não serão utilizados como seus currais eleitorais.

Um dos maiores captadores de votos desse País sequer existiria, se não fosse os agentes de saúde. Refiro-me ao Programa Bolsa Família, que depende diretamente dos agentes em todos os aspectos.

Além do Bolsa Família, diversos outros programas dependem diretamente dos ACE e ACS, a exemplo do Saúde na Escola, Programa Dengue, PEMAQ-AB, etc.

As próprias equipes de Estratégia de Saúde da Família-ESF, sem os agentes comunitários de saúde não passam de corpos ambulantes, sem os seus membros inferiores.

Corpos inertes, desconectados com as comunidades e sem nenhum vínculo social, o que foi necessário e indispensável para o sucesso do Programa Saúde da Família, invejado por muitos países e desvalorizado pela Presidente Dilma.

Quando os agentes entram em greve em um determinado município brasileiro, observa-se a fundo a importância e indispensabilidade dos agentes de saúde no SUS. Sem os agentes, a equipe inteira para. Os demais servidores ficam ecoados, primeiro com a falta de habilidade de lidar com as camadas mais pobres da sociedade, segundo por que a autoridade maior do SUS e o líder comunitário está em greve.

Para o médico ou qualquer outro membro da equipe visitar um paciente na área, a presença do agente de saúde além de necessária é indispensável. Por que será? Simples. Sem esses anjos e mensageiros do SUS, as comunidades só saberiam o que é saúde pública nos leitos dos hospitais.

Antes de existir o Programa Agentes Comunitários de Saúde-PACS, predominava a saúde curativa. Hoje não, pois graças aos agentes de saúde, o Governo Federal economiza bilhões de reais por ano.

Graças as máquinas mais baratas do Mundo, que sem sombra de dúvida, são as verdadeiras responsáveis por essa economia, o Governo Federal, cego ou a fingir-se, ainda não se deu conta, de que os agentes de saúde, de máquinas que geram economia, podem se transformar em máquinas de guerra política contra aqueles, que hoje nos dão as costas, mas amanhã precisarão do nosso apoio.

Não me refiro apenas ao apoio do voto individual, mas o de nossos familiares e amigos, e principalmente, da nossa liderança e autoridade nas comunidades.

Cegos ou não, será que a Presidente Dilma e seus deputados e senadores já pararam pra calcular o peso de mais de 300mil cabos eleitorais, enfurecidos e organizados, com a liderança e o respeito de quase 100% da população?

Se ainda não pararam para calcular é bom que cuidem, pois 2014 está por vir, e diferente de outros pleitos, esse será um dos mais acirrados e surpreendentes combates no campo da política brasileira, que por ser tão suja e escorregadia, já passou da hora de ser limpa.

Prefeitos e vereadores são eleitos com os votos da população de seu respectivo município; deputados, senadores e governadores com os votos da população de seu respectivo estado, e a Presidente Dilma, com os votos da População Brasileira, mas todos sem exceção, dependem de nós, afinal NÃO SÃO ELEITOS COM OS VOTOS UNS DOS OUTROS.

Se algum deputado(a) acha que está enganando os agentes de seu estado, por orientação de seu partido ou por que recebeu uma solicitação da Presidente Dilma para ser contra nosso piso, está redondamente enganado(a).

Por mais que os agentes de saúde conheçam pouco ?o fazer política? que os Deputados conhecem profundamente, todos sabemos muito bem como fazer nas nossas comunidades, a política destrutiva contra aqueles que deixaram cair as suas máscaras.

A CONACS já fez muito pós todos nós. Não digo que fracassou, mas afirmo: ?baixou a guarda pra o Governo, quando deveria ter usado os mais de 300mil agentes como escudo, por todos os motivos e fundamentos acima?.

Para as próximas batalhas contra o Governo da Presidente Dilma já temos informações importantíssimas, são elas:

Temos a contabilidade do quantitativo de deputados declarados inimigos dos agentes de todo Brasil, em especial de seus respectivos estados, vejamos:

20 deputados do PT;

15 deputados do PMDB;

01 deputado do PP;

03 deputados do PROS; e

Todos os deputados que se ausentaram do Plenário dia 23/10/2013.

Com essas informações, cabe agora identificarmos nominalmente cada um desses traidores, e de forma organizada, fazermos um bombardeio nas redes sociais, blogs e jornais, até que os traidores dos ACE e ACS tomem conhecimento e possam voltar atrás, pois eles não são eleitos com voto de Dilma.

Essa não é hora de criticar as lideranças nacionais, estaduais e nem municipais, é a hora de se unir contra aqueles que de fato estão contra o ACE e ACS.

Esse espirito de luta precisa tomar conta dos agentes de todo Brasil, para que com essa força e união, possamos atacar localmente o partido político e o deputado(a) inimigo do agente.

ACE Cosmo Mariz- Presidente do SINDAS/RN.

Links para esta postagem Postado por BIO ACS às 08:26

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

AGENTES DE SAÚDE X PT E ALIADOS- UMA LUTA QUE DEPENDE DE CADA AGENTE DE SAÚDE

Depois que a CONACS publicou o balanço das traições e armadilhas feitas pelo Governo Dilma, resolvi tecer alguns comentários sobre a Guerra dos Agentes de Saúde x Governo do PT e seus aliados.

Ao longo de mais de 3 anos, os mais de 300 mil ACE e ACS, dormem e acordam sem que vejam a concretização do sonho de um piso salarial digno, que depende tão somente da vontade política do Governo Federal.

Um sonho que não custará muito ao Governo Brasileiro, apenas custará o esforço da Presidente Dilma, de parar e analisar, que sem os agentes de saúde, os próprios Municípios Brasileiros não serão utilizados como seus currais eleitorais.

Um dos maiores captadores de votos desse País sequer existiria, se não fosse os agentes de saúde. Refiro-me ao Programa Bolsa Família, que depende diretamente dos agentes em todos os aspectos.

Além do Bolsa Família, diversos outros programas dependem diretamente dos ACE e ACS, a exemplo do Saúde na Escola, Programa Dengue, PMAQ-AB, etc.

As próprias equipes de Estratégia de Saúde da Família-ESF, sem os agentes comunitários de saúde não passam de corpos ambulantes, sem os seus membros inferiores.

Corpos inertes, desconectados com as comunidades e sem nenhum vínculo social, o que foi necessário e indispensável para o sucesso do Programa Saúde da Família, invejado por muitos países e desvalorizado pela Presidente Dilma.

Quando os agentes entram em greve em um determinado município brasileiro, observa-se a fundo a importância e indispensabilidade dos agentes de saúde no SUS. Sem os agentes, a equipe inteira para. Os demais servidores ficam ecoados, primeiro com a falta de habilidade de lidar com as camadas mais pobres da sociedade, segundo por que a autoridade maior do SUS e o líder comunitário está em greve.

Para o médico ou qualquer outro membro da equipe visitar um paciente na área, a presença do agente de saúde além de necessária é indispensável. Por que será? Simples. Sem esses anjos e mensageiros do SUS, as comunidades só saberiam o que é saúde pública nos leitos dos hospitais.

Antes de existir o Programa Agentes Comunitários de Saúde-PACS, predominava a saúde curativa. Hoje não, pois graças aos agentes de saúde, o Governo Federal economiza bilhões de reais por ano.

Graças as máquinas mais baratas do Mundo, que sem sombra de dúvida, são as verdadeiras responsáveis por essa economia, o Governo Federal, cego ou a fingir-se, ainda não se deu conta, de que os agentes de saúde, de máquinas que geram economia, podem se transformar em máquinas de guerra política contra aqueles, que hoje nos dão as costas, mas amanhã precisarão do nosso apoio.

Não me refiro apenas ao apoio do voto individual, mas o de nossos familiares e amigos, e principalmente, da nossa liderança e autoridade nas comunidades.

Cegos ou não, será que a Presidente Dilma e seus deputados e senadores já pararam pra calcular o peso de mais de 300mil cabos eleitorais, enfurecidos e organizados, com a liderança e o respeito de quase 100% da população?

Se ainda não pararam para calcular é bom que cuidem, pois 2014 está por vir, e diferente de outros pleitos, esse será um dos mais acirrados e surpreendentes combates no campo da política brasileira, que por ser tão suja e escorregadia, já passou da hora de ser limpa.

Prefeitos e vereadores são eleitos com os votos da população de seu respectivo município; deputados, senadores e governadores com os votos da população de seu respectivo estado, e a Presidente Dilma, com os votos da População Brasileira, mas todos sem exceção, dependem de nós, afinal NÃO SÃO ELEITOS COM OS VOTOS UNS DOS OUTROS.

Se algum deputado(a) acha que está enganando os agentes de seu estado, por orientação de seu partido ou por que recebeu uma solicitação da Presidente Dilma para ser contra nosso piso, está redondamente enganado(a).

Por mais que os agentes de saúde conheçam pouco ?o fazer política? que os Deputados conhecem profundamente, todos sabemos muito bem como fazer nas nossas comunidades, a política destrutiva contra aqueles que deixaram cair as suas máscaras.

A CONACS já fez muito pós todos nós. Não digo que fracassou, mas afirmo: ?baixou a guarda pra o Governo, quando deveria ter usado os mais de 300mil agentes como escudo, por todos os motivos e fundamentos acima?.

Para as próximas batalhas contra o Governo da Presidente Dilma já temos informações importantíssimas, são elas:

Temos a contabilidade do quantitativo de deputados declarados inimigos dos agentes de todo Brasil, em especial de seus respectivos estados, vejamos:

20 deputados do PT;

15 deputados do PMDB;

01 deputado do PP;

03 deputados do PROS; e

Todos os deputados que se ausentaram do Plenário dia 23/10/2013.

Com essas informações, cabe agora identificarmos nominalmente cada um desses traidores, e de forma organizada, fazermos um bombardeio nas redes sociais, blogs e jornais, até que os traidores dos ACE e ACS tomem conhecimento e possam voltar atrás, pois eles não são eleitos com voto de Dilma.

Essa não é hora de criticar as lideranças nacionais, estaduais e nem municipais, é a hora de se unir contra aqueles que de fato estão contra o ACE e ACS.

Esse espirito de luta precisa tomar conta dos agentes de todo Brasil, para que com essa força e união, possamos atacar localmente o partido político e o deputado(a) inimigo do agente.

Cosmo Mariz- Presidente do SINDAS/RN

Links para esta postagem Postado por COSMO MARIZ- NATAL/RN às 23:39

Um comentário:

TUDO SOBRE A VOTAÇÃO DO PISO SALARIAL NACIONAL DOS AGENTES DE SAÚDE.

O inevitável aconteceu. O Governo Federal moveu céus e terras e impediu a votação do mérito do PL 7495/06 no último dia 23 de outubro. O Governo teve que usar suas principais armas para impedir a votação do Piso Salarial Nacional, deixando claro o seu posicionamento contrário a criação do Piso Salarial Nacional dos ACS e ACE.

DAS ARMADILHAS

Durante toda semana que antecedeu a votação do Piso Salarial, a CONACS participou de inúmeras reuniões a pedido do Governo para se selar um acordo. Ainda no 16/10 o Líder do PSC, Dep. André Moura, escolhido pelo Governo como interlocutor da negociação, solicitou a presença da CONACS em Brasília para apresentar a 1ª proposta do Governo que em síntese previa:

1ª proposta: Aceitava pagar o Piso Salarial de 2 salários mínimos, de forma escalonada, em 5 anos, a partir de 2015, chegando a 2 salários em 2019, desde que, ficasse garantido na redação do texto a obrigação da contra-partida dos Estados para o pagamento dos encargos trabalhistas dos ACS e ACE contratados pelos municípios, e em sendo aceito o Governo apoiaria a votação na Câmara e no Senado, bem como, garantiria a sanção da Presidente Dilma;

Resposta da CONACS: A proposta foi aceita, com a ressalva de que o Governo deveria encaminhar imediatamente um projeto de sua autoria, adequando o texto do substitutivo apresentado pela Comissão Especial, aos valores do escalonamento proposto, tendo em vista que, qualquer proposta que gere impacto financeiro à União deveria ter iniciativa do Executivo. Por outro lado, a CONACS só colocou uma exigência intransponível, que seja qual fosse o PL a ser votado, que a sua votação ocorresse no dia 23/10, como havia sido agendado anteriormente;

O Governo Federal alegou não ter prazo para enviar o PL para votação dia 23/10, desmascarando as suas reais intenções de adiar a votação, e em seguida, convocou uma reunião dos Líderes da base aliada para dia 21/10, segunda-feira, véspera da votação. Ao mesmo tempo, solicitou nova reunião com a CONACS, no mesmo dia 21/10, quando apresentou sua 2ª proposta:

2ª proposta: O Governo Federal, retirou sua proposta anterior e ainda condicionou seu apoio a aprovação do PL 7495/06, à categoria aceitar a RETIRADA dos ACE do texto do PL, aceitar um Piso Salarial de R$ 850,00 e a inclusão da obrigação dos Estados em pagar aos municípios os encargos trabalhistas e sociais dos ACS. E sob pena de não ser aceita essa proposta, o Governo prometeria fazer de tudo para não acontecer a votação e se ainda ela ocorresse, garantia que a presidente Dilma vetaria o Piso.

Resposta da CONACS: A CONACS, em hipótese alguma aceita a exclusão dos ACE ao Piso Salarial Nacional, e quanto à questão da vinculação dos Estados, considerou uma proposta inconstitucional, visto que, fere o pacto federativo, se configurando numa verdadeira armadilha jurídica e política, visto que, traria os Governadores para se oporem diretamente ao Piso, abrindo novas e intermináveis discussões;

Diante da negativa da CONACS, o Governo Federal passou a usar suas armas e estratégias corriqueiras dentro da Câmara de Deputados. Já na terça-feira (22/10), em reunião de Líderes, o Líder do Governo e do PT, quiseram estabelecer uma agenda de votações complicadas e polêmicas, que praticamente inviabilizariam a votação do PL 7495/06 na quarta-feira (23/10), fato que só não ocorreu por interferência do Líder do PSC, Dep. André Moura (SE), Ronaldo Caiado (DEM/GO), e vários outros Líderes, que reforçaram e apoiaram o posicionamento do Presidente da Câmara Henrique Eduardo (PMDB/RN) de votar dia 23/10 o Piso dos ACS e ACE.

3ª proposta: Já na quarta-feira (23/10), ainda pela manhã, o Governo Federal, por interlocução do Deputado André Moura (PSC/SE), apresentou a sua última proposta, que desta vez, dizia aceitar os ACE, fixar o Piso Salarial para 2013 em R$ 850,00, e escalonar em 5 anos o Piso, chegando em 2017 equivalente à 1,4 salários mínimos, sob pena do Governo não deixar aprovar o PL 7495/06;

Resposta da CONACS: Nessa altura das negociações, a CONACS já havia percebido uma brusca mudança no comportamento dos Líderes e deputados, e não havia mais nenhuma certeza de quem poderíamos contar, caso houvesse um enfrentamento com o Governo. Dessa forma, a CONACS fez a sua última contra-proposta: Para manter os ACE junto com os ACS no Piso, aceitaria o valor de R$ 850,00 para o ano de 2013 (faltando 2 meses para acabar o ano), mas com um escalonamento de 3 anos para alcançar os 1,4 salários mínimos. Essa contra-proposta foi feita tendo em vista que, seria hipotecada o apoio do Governo para votação na Câmara de Deputados, no Senado Federal e a imediata sansão da Presidente Dilma.

No mesmo instante, a CONACS consultou as lideranças e representantes dos 22 Estados presentes, que debaixo de muita revolta, mas conscientes de estarem fazendo o melhor para os 300 mil agentes do País, por maioria absoluta concordaram com a proposta do Governo.

Todavia, ainda em plenário, o Líder André Moura, recebeu uma ligação do Governo retirando a sua proposta, e declarando literalmente GUERRA à categoria!

DA VOTAÇÃO

Com tantas idas e vindas, ficou claro então qual era a estratégia do Governo: DESESTABILIZAR A MOBILIZAÇÃO organizada pela CONACS junto aos Parlamentares!

É claro que se a categoria tivesse rejeitado a última proposta do Governo, seria esse o argumento que seus líderes usariam na tribuna para impedir a votação do Piso. Mas o Governo não teve outra escolha a não ser nos enfrentar sem máscaras! E ao vivo, foi obrigado a mostrar o que realmente pensa da categoria dos ACS e ACE.

O líder do Governo Arlindo Chinaglia (PT/SP) chegou a dizer que os ACS e ACE não representavam se quer 0,000005% da população brasileira, já o Líder do PMDB dizia que não tinha medo de vaias porque não tinha nenhum eleitor dentro da categoria. O líder do PT, José Guimarães (PT/CE) alegou que o Governo não teve ?tempo? para analisar o PL e que por isso encaminhava a bancada do PT em obstrução, já apoiando a proposta de nova data de votação para o dia 12/11, quando estaria se comprometendo a votar com ou sem acordo com o Governo. Além do PT e PMDB o PP e o PROS encaminharam suas bancadas para obstruírem a 1ª votação do regime de urgência do PL 7495/06.

A primeira estratégia do Governo furou! Dos 38 Petistas presentes a votação, 16 votaram contra o Governo. No PMDB a dissidência foi ainda maior, dos 37 parlamentares presentes, 22 votaram contra o Governo e a favor da categoria. No PP, observamos que a bancada não segue o seu Líder, que orientou para obstrução, mas dos 27 parlamentares presentes, 26 desobedeceram o seu Líder Eduardo da Fonte, e votaram contra o Governo. Assim também foi o comportamento dos deputados do PROS, que em 12 presentes, 9 votaram contra o Governo, mesmo seu Líder pedindo para obstruírem.

Diante do resultado da primeira votação, o Governo percebeu claramente que havendo a discussão do mérito, a categoria sempre terá vantagens!

Por isso, na segunda votação, mudou sua estratégia, passou a esvaziar o Plenário, fazendo com que regimentalmente não houvesse quorum para nenhuma outra votação!

CONCLUSÕES

A CONACS diante de tudo que ocorreu, não se sente derrotada, entende que no mínimo temos um empate! Pois na verdade, temos que estar prontos para essa nova fase de votações, e isso significa que estaremos enfrentando a ?toda poderosa máquina do Governo?, com suas chantagens, ameaças, e vantagens políticas e financeiras, que influência diretamente o posicionamento de cada parlamentar em plenário. Mas mesmo com tudo isso, ficou provado que, a categoria, no voto aberto, tem mais força que o Governo.

O que temos em nossas mãos hoje são nomes e sobrenomes dos parlamentares que realmente nos apóiam e daqueles que nos traíram. Isso muda vários aspectos das nossas estratégias de trabalho, sendo fundamental, que a partir de agora a categoria se mantenha mais do que nunca UNIDA, já que a Guerra está declarada e o 1º campo de batalha já foi definido. Temos que usar da razão e do poder de mobilização e coação popular para vencermos mais essa batalha. Veja nas próximas matérias o Raio-X das votações e quais serão os próximos passos da CONACS.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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