Alusivo ao dia da consciência negra, o VIII Festival da Cultura Afro-brasileira, realizado hoje (20), no Quilombo Mimbó, reuniu um expressivo público que prestigiou diversas atividades, resultado de uma vasta programação que se estendeu por todo o dia.
Sob a organização e apresentação de Sâmia e Bertoldo Neto, dirigentes dos grupos Raízes Negras e Aconva, Associação de Condutores de Visitantes, o festival recebeu turistas, apreciadores, alunos, professores e profissionais de interesses afins, além da comunidade amarantina e de entidades como a CEAPI, Cooperativa Educacional de Amarante-PI.
Caravanas dos municípios de Amarante, Lagoinha, Regeneração, Oeiras, São Francisco do Piauí, Palmeirais, Tanque, etc, chegaram cedo da manhã ao Quilombo com o objetivo de dar relevância ao turismo étnico afro do município. Em meio às maravilhas naturais do Quilombo, um passeio turístico foi indispensável, pontapé inicial da programação iniciada às 09h00min.
O dia foi de valorização étnica e cultural, resultado de uma busca constante dos organizadores do evento pela igualdade racial. Na abertura, apresentações alusivas à data foram precedidas pelo Hino da Negritude. Em seguida, Bruna Beatriz num dueto com Fúlvio Arthur cantou para o público presente.
As apresentações iniciaram com o Pagode do Mimbó, a Dança Afro e o Pagode Mirim. Técnicas e habilidades corporais foram demonstradas numa verdadeira sincronia de passos do Hip Hop do Mimbó. Durante a programação, teve relevância a capoeira piauiense com uma forte presença da ACTC, Associação do Centro de Treinamento de Capoeira, com a presença do Mestre Helio (Água Branca) e do instrutor Jabá, e também do grupo ABRAC, núcleo de Amarante, que exibiu suas habilidades com perofagia, entre outras técnicas. O musical Palmares proporcionou outro grande momento, um espetáculo de muitos aplausos com a participação Valdemar Santos, Zéh Carlos e Elizabeth Battali e Júnior Afoxá.
Andressa, 15 anos, foi eleita a musa do Mimbó este ano. Alvo de muitas expectativas foi a escolha da Miss Negra e do Mister Negro que, neste VIII Festival, foram eleitos Thairine e Robert Ferdinand, respectivamente.
À tarde, as radiolas digitais priorizaram o reggae como o ritmo sensação do evento, sob as mixagens dos DJ"s Carioca e Léo, numa continuidade da programação sem previsão de encerramento noite a dentro.
VIII FESTIVAL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA
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