Hoje completa exatamente 100 anos (14/6/1911), do nascimento de Clotildes Ribeiro da Silva na cidade de Oeiras-PI, no povoado Jenipapo, hoje cidade de Santa Rosa do Piauí.
Filha mais velha do casal Pedro Ribeiro da Silva e Vitória Pinheiro da Silva, Coló, como é carinhosamente conhecida, chegou à cidade de Amarante aos 10 anos de idade. Trabalhou desde cedo na casa de famílias ilustres desta cidade, entre elas, o ex-governador do Piauí, Dirceu Mendes Arcoverde.
Ainda jovem, perdeu o pai e, ao lado da mãe, sentiu as durezas da vida quando buscou recomeçá-la, em Amarante, em companhia dos irmãos: Maria Ribeiro, Maria Sansão, Maria Natividade, Pedro Ribeiro e Antonio Ribeiro (Antonio Coxó).
Aos 17 anos, casou-se com Inocêncio Pereira da Silva, e esta união de mais de 50 anos, resultou nos filhos: Pedro (in memoriam), Maria de Jesus, Maria Madalena, Luis (in memoriam), Augusto (filho desaparecido), José, Maria Helena e João. Para o sustento da família, morando do outro lado do riacho Mulato, num povoado conhecido como Baixão, trabalhou arduamente como doméstica, lavando roupas nas margens dos rios Parnaíba e Mulato, e seu esposo como lavrador. Logo depois veio para a Av. Dirceu Arcoverde onde reside até hoje.
Já no terreno que hoje é a sua residência numa quente manhã do mês de setembro, sua casa e seus pertences foram destruídos acidentalmente pelo fogo. Porém com a ajuda de muitos amigos, dentre eles Lima Ayres, conseguiu refazer sua casa, que atualmente é bastante visitada por inúmeros amigos Brasil afora para um bom papo e uma boa xícara de café.
No ano de 1965, seu filho Augusto saiu para a cidade de Imperatriz-MA, em busca de trabalho retornando por duas vezes a Amarante, porém na terceira partida nunca mais voltou. Em 1968, D. Coló passou dois meses entre os estados do maranhão e Pará atrás deste filho, porém sem êxito retornou para Amarante. Um dos seus maiores sonhos era rever o filho que só Deus sabe onde está.
Devido à falta de oportunidades na nossa região, D. Coló e família partiram por alguns anos para a capital Teresina em busca de melhores condições de vida como melhor educação e trabalho para os seus filhos.
Em Amarante, há 28 anos atrás, D. colo ficou viúva, mas com o conforto da família conseguiu superar esta dor.
Hoje D. Coló completa 100 anos, um centenário bem vivido, lúcida, com boa saúde, memória e disposição para os trabalhos domésticos. Passa esta data muito feliz ao lado da família. É comum ver Dona Coló passeando como passageiro em moto pelas ruas da cidade do poeta Da Costa e Silva, com quem teve contatos pessoais na sua juventude.
A família de D. Coló hoje está em festa, pois poucas pessoas conseguem chegar aos 100 anos de idade, com tamanha saúde e lucidez, só mesmo pessoas escolhidas por Deus, ou como a própria fala: ?Deus se esqueceu de mim, aqui?. Desejamos ainda muitos anos de vida a ela.
Hoje acontece apenas uma prévia da festa do Centenário de D. Coló, pois no mês de julho a família volta a se reunir com os demais familiares que moram fora do estado para uma grande festa.
Parabéns, matriarca desta família querida, é o que seus filhos, netos, bisnetos, tataranetos, sobrinhos e afilhados lhe desejam.
Por André Vieira, neto de D. Coló.
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