Amarante transformou-se em um campo da batalha verbal. Alguns acreditam que a chegada dos tratores na cidade é um arrastão de votos para o candidato do 40. Outros se dizem chateados com a propaganda que está sendo feita pela oposição municipal que acredita que essa obra será a remissão da inércia administrativa estadual. E argumenta até que o Wilsão ficou paradão durante todo esse tempo simplesmente para desgastar a imagem do prefeito Luiz Neto. Os afoitos até arriscam as prováveis palavras do Chefe do Governo do Estado: ?vou deixar esse menino brincar de política e no final dou o troco. Amarante não sobrevive sem o Estado. É pobre, o seu ICMS é um dos mais fracos do Piauí, o prefeito vai ter que se ajoelhar aos meus pés?.
Não foi o que aconteceu. Luiz Neto, sem ajuda do Estado, praticamente construiu uma cidade. O conjunto residencial ?Novo Amarante? é um marco em uma proposta de moradia para todo o país. Lá, em breve espaço de tempo, estarão abrigadas mais de cinco mil pessoas. Além do projeto municipal que cede o terreno para a construção da casa própria, existe o programa ?Minha Casa, Minha Vida?, da esfera federal. Neste, no dia 24-12-2013, foram entregues 40 casas e já existe um terreno adquirido pela prefeitura de Amarante para a construção de mais cem casas para àqueles que não possuem casa própria.
Se foi proposital deixar todo esse tempo sem uma participação do governo estadual. Se realmente (e é) pobre o município em arrecadação própria e o governo do Estado explorar esse fato. Se foi uma estratégia do governador deixar a cidade esburacada para o povo criticar o administrador do município que estava envolvido em realizar uma obra que devia ter sido feita há vinte anos atrás: o saneamento básico. Se aconteceu tudo isso, apenas uma palavra pode responder às indagações: trata-se de mais uma ação sádica-masoquista. O pior: praticada por um médico psiquiatra.
As pessoas mais inteligentes e sensatas perguntam: ?será que o prefeito Luiz Neto achava bonito ver as ruas esburacadas? Será que é desejo de um gestor ser criticado por algo que poderia ter feito? A resposta é clara: não! O prefeito se chateava por não ter as condições necessárias de resolver o problema e se queixava (é claro) para a esfera superior que, em vez de auxiliar, colocava obstáculos. O tempo passou e agora, o governo mostra a sua cara: os tratores estão nas ruas. O prefeito municipal que, conforme por eles foi analisado, iria se ajoelhar aos pés do poder, simplesmente conclui: ?tudo que fizeram de ruim com a minha pessoa eu perdoou. O que fizeram de ruim para o meu povo eu não perdoou. O povo, em sua sábia conscientização, saberá dar a resposta no momento exato?, concluiu Luiz Neto.
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