Rio Mulato apenas sobrevive com desmatamento e queimadas. Será o fim de uma história secular?

Rio Mulato apenas sobrevive com desmatamento e queimadas. Será o fim de uma história secular?

Árvore sobre o Rio Mulato | Foto: Denison Duarte

O Rio Mulato, no município de Amarante, encontra-se em difícil fase de sobrevivência. Parte da população que reside em suas proximidades queixa-se que, a cada ano, além das transformações que a natureza se encarrega de fazer às margens do rio, é notória a agressão sofrida por influência humana desde queimadas até derrubadas de árvores de grande porte que sustentam o curso da água e mantêm viva a beleza que a natureza precisou de décadas para construir.

Enorme Pau D"arco à beira do Rio Mulato (cortado com motosserra)

Outro fator que muito contribui é o fechamento de comportas que prendem as águas para irrigação das lavouras situadas em suas cabeceiras que na época da estiagem permitem a passagem de aproximadamente 15% do seu volume d?água.

Grandes árvores, a exemplo do Pau D?arco, vêm sendo derrubadas sem a devida preocupação com o meio ambiente, o que segundo Edson Sousa, faz aumentar a preocupação em relação ao futuro do Rio Mulato que é parte integrante da história de Amarante.

Recordo-me com grande lamento que exatamente aqui, onde estou, era o leito do nosso Rio Mulato. Sou pescador e, neste local, peguei muitos peixes. O rio está vivo ainda, mas, a exemplo desses fatos, temos que temer o fim do nosso majestoso mulato, afirma Francisco Edson, locutor e pescador há longos anos no Rio Mulato.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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