A imprensa local foi procurada hoje, 19, para registro de uma agressão física sofrida por Luan Kennedy Feitosa, 20, na madrugada de ontem, por volta das 01h40, envolvendo o Padre Raimundo Neto, seu irmão e parentes do diretor da Eletrobrás Distribuição Piauí, João Gramoza, transferido recentemente de Amarante. De acordo com Josué Barbosa, primo da vítima, o fato se deu quando Luan, embriagado, vinha de uma festa no Jóquei Clube e foi abordado na Rua José de Fonte, em frente ao Banco do Brasil, pelo Padre Raimundo Neto e seus companheiros quando se deu início a uma série de agressões à vítima e, na tentativa de livrá-lo, Josué começou a atirar pedras nos agressores quando percebeu que se tratava do pároco e seu irmão.
?Quando eu cheguei já fui jogando pedras sem observar quem estava agredindo Luan que dizia: socorro, socorro, eu não aguento, estão me surrando, estão querendo me matar?, diz o primo da vítima que afirmou que o fato se deu porque a vítima havia arremessado pedras nos carros em que estavam os agressores.
Assim que percebi que era o Padre, me ajoelhei para ele, pedi desculpa, pedi perdão e ele começou a me chamar de delinquente, de drogado, etc, reforça.
Durante a sequencia de agressões o Padre xingava demais o rapaz, chamando ele de besta fera, desgraça, demônio e outros nomes, afirma a testemunha, Maciel do Vale.
Eu não reconheci o Luan. Eu pensei que fosse o meu filho. Quando cheguei, no momento da agressão o padre estava com o pé no pescoço dele e outro rapaz moreno alto chutando-o, se eu soubesse que era o Luan teria sido muito pior porque ele é filho de uma grande amiga minha, diz a testemunha Raimundo Bembém (popular cascudo). Achei tudo isso muito ridículo, pois o Padre deveria ter falado com o rapaz em outro momento e não ter agredido ele como fez, reforça.
De acordo com a mãe da vítima, Socorro Feitosa, Luan estava com a boca suja de sangue em função das agressões que se deram com chutes e pontapés.
Eu não me lembro de muita coisa. Somente sei que eu corri, me agarraram e começaram a me bater. Espero justiça e que eles possam responder pelo que fizeram, afirma Luan Kennedy, agredido.
O caso está entregue ao delegado de polícia, Lindomar Rocha, que está na averiguação dos fatos que investigará a situação conforme os depoimentos da vitima e dos agressores, considerando também que a ação de jogar pedras também é uma infração e que Luan deverá responder por seu ato.
Na tentativa frustrada de estabelecer contato com o pároco, pois o mesmo não está em Amarante, a equipe de imprensa deixa aberto espaço para que o mesmo manifeste sua opinião sobre o assunto.
FOTOS DE LUAN KENNEDY
As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.